“Estudo da FNE revela que cerca de 75 por cento dos professores mudavam de profissão se tivessem alternativa e 81 por cento admitem que, se pudessem, pediam a aposentação, mesmo com penalizações. Estes dados, segundo noticia a Lusa, resultam de um inquérito a mais de mil docentes que será apresentado esta quinta-feira”.
Embora habituado a alguns resultados surpreendentes em inquéritos deste género (em cima dos acontecimentos e com os sentimentos à flor da pele) não queremos e recusamo-nos até, a acreditar que estes inquiridos sejam verdadeiramente representativos da categoria profissional.
De outro modo, todos nós seremos obrigados a concordar com opiniões como: « […] É aqui que surge o problema: os professores rejeitam avaliações. Claro que não é isso que dizem, mas é isso que se intui do que fazem. É curioso, aliás, como eles são contra tudo o que mexe e logo a seguir fazem greve. Foi assim em 2005, já não me recordo porquê; foi assim em 2006, porque não gostavam dos horários; é assim em 2008, porque a avaliação é uma chatice. Birrinhas corporativas: no fundo, eles não querem perder privilégios. E nós? Vamos querer que eles não queiram?» (Daniel Amaral, in Diário Económico de 18/12/2008).
Embora habituado a alguns resultados surpreendentes em inquéritos deste género (em cima dos acontecimentos e com os sentimentos à flor da pele) não queremos e recusamo-nos até, a acreditar que estes inquiridos sejam verdadeiramente representativos da categoria profissional.
De outro modo, todos nós seremos obrigados a concordar com opiniões como: « […] É aqui que surge o problema: os professores rejeitam avaliações. Claro que não é isso que dizem, mas é isso que se intui do que fazem. É curioso, aliás, como eles são contra tudo o que mexe e logo a seguir fazem greve. Foi assim em 2005, já não me recordo porquê; foi assim em 2006, porque não gostavam dos horários; é assim em 2008, porque a avaliação é uma chatice. Birrinhas corporativas: no fundo, eles não querem perder privilégios. E nós? Vamos querer que eles não queiram?» (Daniel Amaral, in Diário Económico de 18/12/2008).
6 comentários:
A todos os professores insatisfeitos e que se tivessem a oportunidade mudavam de profissão, disponibilizo o meu para permuta. Esclareço desde já que não é emprego. Sou trabalhador liberal. Os meus ganhos são ao nível de um professor a meio da carreira (ainda longe dos 2500/3000 euros que ganha um em topo de carreira para trabalhar). Aviso que, se estiver doente, baixa é coisa que não se tem, não se tem subsidio de férias e o 13ºmes não existe. Esclareço que se quem me contrata não me pagar não tenho direito a subsidio de desemprego. Não há ADSE, mas podem fazer um seguro de saúde. É necessário trabalhar mais de 40 horas por semana. Tenho disponibilidade imediata.
Leonel Cardoso
Estes professores mostram muito jeito para carpideiras, não gostam da profissão, gostariam de a abandonar, mas não abandonam. Era uma sorte para os alunos, assim não tinham que aguentar com professores que passam a vida a queixar-se. Nunca têm tempo para nada, a não ser para a política, para dizer mal dos alunos, dos colegas, do Ministério, dos Encarregados de Educação. Para eles todos são responsáveis pelas suas incapacidades, gastam toda a energia a carpir mágoas e depois não têm capacidade para mais nada. Estas carpideiras envergonham a classe, envergonham os verdadeiros professores.
Alternativas existem, não se esqueçam é que:
1º têm muito que trabalhar
2º serão avaliados diariamente, erram são despedidos
3º terão que trabalhar diariamente 8 horas, e em algumas situações muitas horas sem as receber
4º terão apenas 22 dias úteis de férias
5º esqueçam o pagamento ao dia 23, salvo milagrosas excepções.
Boa sorte, mas pensem bem.
Sara Godinho
Já li e ouvi de tudo... Quanto mais nos criticam mais mostram que não percebem nada do que é ser professor. A insatisfação é geral, sim e é visível nas escolas. Quer seja pela pressão que nos exercem para aprovarmos os alunos a todo o custo, quer seja pela criação de regras para fomentar a competitividade entre colegas, pelo aumento de trabalho que a que temos sido sujeitos, pela criação de entraves à progressão na carreira, por termos sido transformados em monitores impotentes de alunos que não nos atrevemos a tentar educar/ensinar.
António Carvalho
Esta é mais uma consequência da governação do Partido Socialista. Com os professores desiludidos e desmotivados, quem paga a factura são os alunos.
Sou professora, mas se não tivesse liberdade para avaliar do modo que acho mais correto - sem provas ou exames -, certamente não gostaria de exercer a profissão. Os professores entram no mercado com uma expectativa que é esmagada por obrigações de planejamentos e resultados que já são pré-estabelecidos. Não´há a liberdade de ir além, quando se tem um cronograma a cumprir. Aqui no Brasil, pelo menos, é assim que as coisas funcionam. Desmotivador, sim.
Gostei daqui e voltarei certamente.
Enviar um comentário