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quinta-feira, 5 de abril de 2012

domingo, 19 de fevereiro de 2012

sábado, 6 de fevereiro de 2010

A revolta de Fernando Nobre no III Congresso de Economistas

O presidente da AMI, Fernando Nobre, criticou a posição das associações patronais que se têm manifestado contra aumentos no salário mínimo nacional. Na sua intervenção no III Congresso Nacional de Economistas, Nobre considerou "completamente intolerável" que exista quem viva "com pensões de 300 ou menos euros por mês", e questionou toda a plateia se "acham que algum de nós viveria com 450 euros por mês?"
Numa intervenção que arrancou aplausos aos vários economistas presentes, Fernando Nobre disse que não podia tolerar "que exista quem viva com 450 euros por mês", apontando que se sente envergonhado com "as nossas reformas".
"Os números dizem 18% de pobres... Não me venham com isso. Não entram nestes números quem recebe os subsídios de inserção, complementos de reforça e outros. Garanto que em Portugal temos uma pobreza estruturada acima dos 40%, é outra coisa que me envergonha..." disse ainda.
"Quando oiço o patronato a dizer que o salário mínimo não pode subir… algum de nós viveria com 450 euros por mês? Há que redistribuir, diminuir as diferenças. Há 100 jovens licenciados a sair do país por mês, enfrentamos uma nova onda emigratória que é tabu falar. Muitos jovens perderam a esperança e estão à procura de novos horizontes... e com razão", salientou Fernando Nobre.
O presidente da AMI, visivelmente emocionado com o apelo que tenta lançar aos economistas presentes no Funchal, pediu mesmo que "pensem mais do que dois minutos em tudo isto". Para Fernando Nobre "não é justo que alguém chegue à sua empresa e duplique o seu próprio salário ao mesmo tempo que faz uma redução de pessoal. Nada mais vai ficar na mesma", criticou, garantindo que a sociedade "não vai aceitar que tudo fique na mesma".
No final da sua intervenção, Fernando Nobre apontou baterias a uma pequena parte da plateia, composta por jovens estudantes, citando para isso Sophia de Mello Breyner. "Nada é mais triste que um ser humano mais acomodado", citou, virando-se depois para os jovens e desafiando-os: "Não se deixem acomodar. Sejam críticos, exigentes. A vossa geração será a primeira com menos do que os vossos pais".
Fernando Nobre ainda atacou todos aqueles que "acumulam reformas que podem chegar aos 20 mil euros quanto outros vivem com pensões de 130, 150 ou 200 euros... Não é um Estado viável. Sejamos mais humanos, inteligentes e sensíveis".

Fonte: i

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Das Kapital, (Karl Marx 1867)

"Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago, levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado".

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Ainda, a “luta” dos professores

“Estudo da FNE revela que cerca de 75 por cento dos professores mudavam de profissão se tivessem alternativa e 81 por cento admitem que, se pudessem, pediam a aposentação, mesmo com penalizações. Estes dados, segundo noticia a Lusa, resultam de um inquérito a mais de mil docentes que será apresentado esta quinta-feira”.
Embora habituado a alguns resultados surpreendentes em inquéritos deste género (em cima dos acontecimentos e com os sentimentos à flor da pele) não queremos e recusamo-nos até, a acreditar que estes inquiridos sejam verdadeiramente representativos da categoria profissional.
De outro modo, todos nós seremos obrigados a concordar com opiniões como: « […] É aqui que surge o problema: os professores rejeitam avaliações. Claro que não é isso que dizem, mas é isso que se intui do que fazem. É curioso, aliás, como eles são contra tudo o que mexe e logo a seguir fazem greve. Foi assim em 2005, já não me recordo porquê; foi assim em 2006, porque não gostavam dos horários; é assim em 2008, porque a avaliação é uma chatice. Birrinhas corporativas: no fundo, eles não querem perder privilégios. E nós? Vamos querer que eles não queiram?» (Daniel Amaral, in Diário Económico de 18/12/2008).

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Exotismos (2)

Mário Nogueira, esta manhã, após abandonar a reunião com a ministra da Educação em entrevista aos órgãos de comunicação presentes, afirmou: «nós sindicato dizemos aos professores é que não tenham medo, o ministério vai fazer tudo para os intimidar, os professores só têm que respeitar a lei e confiar nos seus sindicatos». Isto a propósito das Fichas de Objectivos.
Há leis e… há leis?

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ovos, tomates e Kalimeros

Toda e qualquer organização, digna desse nome, privada ou governamental, pressupõe uma visão sistémica (hierarquia, estratégia, meios e pessoas em interacção), ou seja, um sistema com subsistemas em permanente auto-produção onde o todo é mais que a simples soma das partes.
A gestão, de uma organização, é por norma pragmática, ou seja, é preciso fazer escolhas e direccionar as opções, no entanto alguns gestores acham que adquiriram por usucapião o direito natural de serem gestores, no entanto não é na convicção que se encontra a chave mágica e, ainda menos em vertigens, acumuladas nos sótãos de alguma “intelegentsia” apaixonada confessa de lugares e detentoras de curriculum, que acomete certas cabecinhas pensadoras, associando dois fenómenos transversais: a vontade de escorraçar e a vontade de não ouvir.
Pretendendo um regresso a passados “gloriosos” e o fim de tempos negros de ocupação intelectual, alguns gestores de “gestão ao estilo wrestling entertainment” olham para a gestão como um subproduto, não se mostrando muito preocupados com o tempo e dinheiro que é desperdiçado todos os dias nas organizações devido à má gestão das emoções ligadas ao poder.
Pior que o impacto dessa metodologia de gestão é a forma como, este tipo de gestores (em alguns casos ligados à educação, teoricamente composto por pessoas inteligentes, com um certo grau de escolaridade e preparados para conduzirem pessoas), distorcem os padrões de relações no espaço em questão, optando por ameaças implícitas e comunicação agressiva, alicerçados na esperança de que, tal como diria Goebbells, repetindo a mentira até à exaustão, esta se transforme numa verdade... por exaustão.
A criatividade e o espírito de grupo estão arredados, quase sempre, pois tanto uma como outra, não surgem por imposição mas, impreterivelmente, associadas à qualidade da comunicação e do relacionamento dentro da organização. Sem tal, não existe espaço tanto para o crescimento natural como para a detecção e evitamento de erros, os quais são sistematicamente adiados.
Os maiores erros, destes gestores, são a perda não só de informação mas, igualmente, de visão e capacidade de reacção, pois passam o tempo a queixarem-se dos “meninos maus” que lhes roubam o brinquedo no recreio.
Quando se gere e não se ouve, acaba-se por cegar, não só quanto há realidade, mas também quanto ao que se julga conhecer. Ou seja, gerir é saber lidar com situações de insucesso e valorizar os, mesmo que pequenos, progressos, é um desafio com permanentes dificuldades, imprevistos e frustrações, que acabam por gerar, é certo, inseguranças e ansiedades difíceis de aceitar, mas que são importantes para o sucesso e compreensão do seu próprio impacto.
Mais cedo ou mais tarde é chegado o tempo de se deitarem os búzios e perspectivar o futuro e, quanto ao dar para o torto, com a existência de kalimeros, será sempre uma questão de tempo.
Obs: quando nos referimos a gestão, referimo-nos igualmente à gestão de carreiras profissionais.
Baseado em alguns excertos do artigo “Basta ouvir...” de Rui Grilo, (2007)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

As coisas já não são o que eram


São, as duas, grande manifestação de cerca de 100 000 indivíduos.
Uma obra de diversas organizações, outra levou as organizações a reboque.
Uma em Paris, outra em Lisboa.
Uma em Outubro, outra em Novembro.
Uma contesta sucessivos despedimentos, outra contesta futuras avaliações.

domingo, 2 de novembro de 2008

No meio da crise há sempre quem ganhe

Há por aí quem diga que, “Santos da casa não fazem milagres”.
Mas que alguns os fazem, lá isso fazem.
Jörn Schütrumpf, director da editora Karl-Dietz, afirmou há dias que “O capital”, a principal obra do filósofo alemão Karl Marx (1818-1883) voltou a ser um êxito de vendas no seu país natal, chegando mesmo a esgotar.
O editor, contudo não acredita, que a obra do mentor do socialismo científico e do comunismo traga as soluções necessárias para os actuais problemas da economia real.
Pois é... nós também não.