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sábado, 10 de março de 2012

A realidade portuguesa

É ridículo mas é assim em Portugal.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Made in...

O ZÉ, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egypt),  começou o  dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã.
Depois de um banho com sabonete (Made in France ) e enquanto o  café  (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in  Chech   Republic ), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in  China ).
Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca  (Made in Singapore)   e  um relógio de bolso (Made in Switzerland).
Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA )  na sua torradeira (Made in Germany ) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain ),  pegou na máquina de calcular (Made in  Korea ) para ver quanto é que poderia  gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in  Thailand ) para ver as previsões meteorológicas.
Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India ),  ainda bebeu um sumo  de laranja (produced in Israel ), entrou no carro Saab (Made in Sweden )  e  continuou à procura de emprego.
Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do  seu telemóvel (Made in Finland ) e, após comer uma pizza (Made in  Italy ), o  Zé decidiu relaxar por uns instantes.

Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made  in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV  (Made in Indonesia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar  um emprego em PORTUGAL...

sábado, 14 de novembro de 2009

Metodologia de trabalho “Made in Portugal”


Um trabalha e produz, os outros… fiscalizam ou assistem.
Depois, a culpa é do governo ou da crise…
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sexta-feira, 13 de março de 2009

Desemprego e futuro

Após uma leitura atenta da actual conjuntura, derivada de uma estrutura à muito decadente, é minha convicção que após a actual reconversão económica mundial, nada voltará a ser como antes.
Sabendo-se dos efeitos negativos, tanto para o individuo em particular, como para a sociedade no geral, que o desemprego provoca e que na maioria dos casos, os postos de trabalho que actualmente se vão extinguindo dificilmente voltarão a existir.
Apresentamos como principal proposta de combate ao flagelo do desemprego, que todos os recebedores de apoios à situação de desempregados, sejam eles, subsidio de desemprego e/ou rendimento social de inserção, sem excepção, sejam frequentadores, durante o tempo que usufruem do subsidio, de cursos de formação, não para uma qualquer profissão ou para aperfeiçoamento da antiga, mas cursos direccionados para as reais necessidades dos mercados de trabalho onde se inserem.
Esses cursos poderiam, inclusive, ser fomentados pelas empresas empregadoras, serviriam ainda, como alavanca financeira para a manutenção e reestruturação dessas mesmas empresas.
Exemplos? O meu exemplo e o da minha esposa.
Está aberto o debate, aceitamos todo o tipo de propostas, que prometemos expor aqui no blog.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Desemprego: Grammy O-Rei-Vai-Nu 2008


Nos últimos anos, gestores e empresas esqueceram os princípios de administração e da gestão dos riscos. Como principais consequências, as falências e o desemprego.
O desemprego é hoje uma realidade que afecta uma fatia cada vez maior da população activa, com consequências sociais e individuais devastadoras: perda de rendimentos, mudança do estatuto social, exclusão, pobreza, perda de auto-estima, depressão, etc.
Em 2008 o desemprego atingiu já perto de 570 mil portugueses. Os desempregados com Ensino Superior aumentou em 44%. Somente cerca de metade dos desempregados recebe o subsídio de desemprego.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Exotismos (3)

Vitor Constâncio quiçá inspirado pelas suas “performances”, nestes últimos tempos, vem agora apontar o dedo ao desemprego, o qual na sua óptica subsiste devido há generosidade, quer do Subsídio, quer da sua duração. E esta hein? Quem serão então os milhares de indíviduos que se deslocam, diariamente, ao Banco Alimentar?

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Gregos e Troianos

Um dos grandes problemas que se põem aos licenciados em ciências sociais é o do mercado de trabalho. Como recém-licenciado, tenho palmilhado terrenos até há pouco desconhecidos.
De cada vez que me desloco a uma entrevista, tenho dado de caras com uma de duas, até agora, tipologias de entrevistadores. Por um lado, aquela para quem tenho a nítida sensação de falar “chinês”, mas que é por norma bastante prática. Ou seja, vai direita ao cerne da questão e o que quer é saber como é que eu resolveria determinado problema. Por outro lado, aquela que questiona, até há exaustão, sobre conceitos e/ou paradigmas sociais.
Os primeiros, tendem a parecer-se com políticos.
Já quanto aos segundos, encontrei as respostas, às perguntas que me inquietavam para os classificar, em José Machado Pais, no capítulo “o sociólogo «ouriço» e os saberes «não alinhados» da sociologia” do seu livro A Sociologia da Vida Quotidiana.
Isto é, a segunda tipologia de entrevistadores tende a assemelhar-se a grupos, que vivem fechados num universo de crenças e credos, característico aliás dos grupos religiosos. Tendem a ser discípulos e/ou devotos de determinada doutrina, às consciências impõem-se princípios, tais como: utilitarismo, segurança, conforto e status. Aparentam, na sua maioria, actuar restringidos às limitações de um qualquer quadro teórico, que tendem a converter em “técnicas de gestão” da realidade social.
Não quero com isto dizer que, nas ciências sociais como é o nosso caso, não devamos partir de um quadro teórico de partida, mas e como aponta, igualmente, Machado Pais, se o quadro teórico de partida for usado de um modo rígido e teimoso, ele acaba apenas por captar as realidades que nele se podem encaixar, impossibilitando as respostas a dilemas e interrogações concretas, que por sua vez limitam o alcance das intervenções a efectuar.
O que quero com isto dizer é que os tempos mudaram e se encontram em constante mutação. O conhecimento do social, não pode ser limitado a quadros teóricos, antes deverá ser feito a partir da “bisbilhotice” da realidade, “vadiando” por ela, numa viagem que em nada o despreze, ou seja, numa viagem que de um modo algo obstinado, miúdo e por vezes até, picuinhas diferencie a demonstração, do descobrimento.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

As "Novas Oportunidades"

Com o inicio do novo ano escolar voltámos a ver, principalmente na televisão, anúncios sobre as “Novas Oportunidades”.
Independentemente dos defeitos e/ou virtudes que lhe possam ser dirigidas, as “Novas Oportunidades”, são para os muitos que as frequentam, não apenas uma oportunidade de melhorarem os níveis de escolaridade mas, acima de tudo a oportunidade de novas vivências e a concretização de sonhos adiados, devido aos percursos de vida de cada um.
Há cerca de um ano, tive o privilégio de fazer uma reportagem jornalística sobre um RVCC. Deixo-vos na integra o artigo publicado e que melhor pode elucidar sobre, por um lado, a experiência dignificante que constatei in loco e, por outro lado, a mistura de sentimentos de que comungavam todos os envolvidos no processo.

O “Adeus”, de Eugénio de Andrade, declamado pelo professor Fernando Vilela, e algumas lágrimas que teimaram em cair dos olhos, desde há muito humedecidos, da maioria dos presentes, marcaram o encerramento do RVCC6, Validação de Competências com a atribuição do 9.º Ano, na Escola Secundária de Santo André (ESSA), no Barreiro.
Parafraseando o poeta, o Fernando, a Vitória, o Francisco, a Ana Paula, o Victor, a Maria do Carmo, o Monteiro e todos os outros acreditaram, porque, tal como o poeta, também eles comungaram do mesmo sentimento: “[…] Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes./ E eu acreditava./ Acreditava./ porque ao teu lado/ todas as coisas eram possíveis”.
No ar respirava-se não um adeus, mas um até já, na medida em que outros RVCC’s se seguirão. É essa a intenção patenteada pelos formandos, homens e mulheres das mais variadas idades e actividades profissionais, presentes.
Dinâmicos, inteligentes, ambiciosos, estudiosos e adaptáveis, foram alguns dos adjectivos utilizados pelos formadores, para caracterizar os dezoito alunos que viram reconhecidas e certificadas as suas competências pelo Centro de Novas Oportunidades da ESSA.
Numa época em que o executivo de José Sócrates apela, até à exaustão, ao choque tecnológico, poder-se-á apelidar de “choque tecnológico humano” toda a interacção patenteada entre os formandos, formadores e direcção da escola, nesta nova aventura do quotidiano que são os RVCC’s.
Num universo que incluía candidatos vindos de variadas áreas profissionais, com praticamente todos empregados, o RVCC foi a nova oportunidade a que não se fizeram rogados. A satisfação interior, a valorização e investimento pessoal, a concretização de um sonho ou, ainda, voltar a sonhar com a possibilidade do futuro continuar a estar na mão de cada um, foram algumas das justificações confidenciadas para este regresso aos bancos da escola.
Conceitos até então desconhecidos, como a matemática para a vida e a sua utilidade no dia a dia profissional, a linguagem e comunicação e como fazer o devido uso delas, o sentido de cidadania e com ela a noção não só dos direitos, mas também dos deveres, o TIC e o uso da informática ou a Internet, entre as demais disciplinas, foi o que os fez reviver tempos há muito esquecidos.
Para muitos, o RVCC funcionou igualmente como uma espécie de terapia de grupo, onde cada um expôs, como jamais o tinha feito, o seu percurso de vida com todas as alegrias, vicissitudes, complexidades ou dramas individuais.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

O Barreiro, a fábrica e as famílias

O Barreiro é o local a que por norma chamamos “a nossa terra”. Para os muitos barreirenses, e não só, que nos visitam, deixamos um olhar, já esquecido nuns casos e totalmente desconhecido noutros, sobre esta cidade.
Tendo tido a sua origem numa «pobra» ou aldeia ribeirinha, no esteiro do rio Tejo, o Barreiro foi terra de pescadores, extractores de sal e de gentes do campo. Nas suas margens funcionaram, também, moinhos de maré, os quais subsistiram até ao século XIX.
No entanto nos finais do século, com a primeira fábrica de cortiça no Barreiro, surgem os operários corticeiros e com eles, por um lado, os primeiros sinais de rotura com o rural, por outro lado, o inicio da história industrial do Barreiro.
Inicia-se, também, o conceito de “grupo doméstico”, isto é, casas operárias simples onde residiam grupos familiares operários, dando origem a famílias conjuntas de três e mais gerações que se apoiavam mutuamente numa sobrevivência comum, as quais atingem o seu apogeu nos anos vinte do séc. XX.
Entretanto, surge no Barreiro um outro tipo de operariado e, com ele, um outro tipo de “grupo doméstico”, o das famílias de operários da CUF, na maioria trabalhadores, mais especializados, mais bem remunerados e com regalias sociais. Comparada com a dos corticeiros, é uma classe operária privilegiada.
Ou seja, as realidades familiares, corticeira e cufista, são opostas. A primeira devido ao seu carácter de sobrevivência, coloca-se de modo precoce e indiscriminado, dos adultos às crianças, no mercado de trabalho, enquanto que a cufista, tenta gerir a médio e longo prazo, as condições adquiridas no modelo paternalista de Alfredo da Silva.
Modelo idealizado para fixar a mão de obra qualificado, até então inédito, quer no Barreiro, quer no país, e que proporciona alojamento, educação, consumo, socorro, assistência na doença ou invalidez, chegando mesmo ao lazer, de modo a que nada falte para a rotina da vida familiar, e que produz uma relação de cumplicidade entre classes sociais teoricamente antagonistas.
As famílias operárias do Barreiro que trabalhavam na CUF, através do seu grupo doméstico, eram um lugar de produção, de transmissão, de conversão e reconversão de estratégias familiares colectivas, onde predominava a cumplicidade entre modelos familiares e características de uma estrutura social.
Após contingências politicas e sociais, quer nacionais, quer internacionais, o declínio e reconversão foram as novas palavras de ordem no Barreiro. Como empresa publica, a CUF passou a Quimigal tentando uma sobrevivência económica em rotura com lógicas do passado.
Apesar da passagem dos anos a preferência pela condição operária tendeu a manter-se.
A implementação, na região, de multinacionais como a Volkswagen-Autoeuropa - onde, até 2010, vão ser investidos 541 milhões de euros e contratados mais dois mil trabalhadores, ou a da Steyer Daimler Puch-Fabrequipa - onde engenheiros portugueses e austríacos estão a trabalhar actualmente num Upgrade aos blindados de transporte de tropas (APC) Pandur adquiridos pelo Estado Português ao consórcio Steyr Daimler Puch e dos quais 219 serão construídos na fábrica portuguesa – são exemplos, mas as ligações a outros universos profissionais tornaram-se, para a maioria, um facto.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Liberta o homem, e ele criará

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Afinal o Empresariado é... português

Há dias, Cavaco e Silva apontou o dedo ao empresariado existente em Portugal, o qual, segundo o Presidente da Republica, vive demasiado encostado ao Estado. Aos ditos subsídio-dependentes deve contudo ser, igualmente, apontado o excessivo preconceito para com quem apresenta níveis de escolaridade superior ao da esmagadora maioria deles.
Em 2002, tive um sonho, entretanto, transformado em pesadelo.
Estava, então na recta final dos meus 39 anos de idade e, somente com o 9º ano de escolaridade. Sonhei que estando eu inserido num mundo a cada dia mais Global e, também, já inserido numa sociedade, cada vez mais, do conhecimento e da informação, a minha baixa escolaridade poderia ser um óbice.
Regressei aos bancos da escola. Fiz o Secundário e concorri ao Ensino Superior. Entrei e ganhei o meu primeiro prémio de mérito académico.
Nunca, antes, estivera desempregado. Mas, os tempos, afinal, estavam a mudar.
Infelizmente, 34 anos após o 25 de Abril, quase tantos, anos, como os de ditadura, continuamos com uma “mente” demasiado pequena. Acusamos, correctamente, o homem do Estado-Novo, de nunca ter apostado na escolarização da população, pois com ela surgiriam, por um lado, a criatividade e modernidade, mas, por outro lado, seriam postas em causa as velhas tradições, os hábitos, os status quo e conceitos institucionalizados.
Ninguém, até à uma dúzia de anos, tinha duvidas do défice de escolaridade existente em Portugal e que, este teria de ser alterado. Os níveis de escolaridade, entretanto, aumentaram, independentemente, de as sucessivas reformas do ensino, serem ou não as adequadas.
Mas, afinal, os tempos continuavam em mutação.
Actualmente a escolaridade elevada parece tender a pouca ou nenhuma serventia, perante o nível de empresariado existente em Portugal, ou seja, perante um empresariado baseado em patrões, chefes e encarregados, os quais são cerca de 90% do empresariado existente.
Assalariados com uma escolaridade elevada, parece tender a assustar, estes senhores, pois na sua ideologia, algo fundamentalista, indivíduos com uma escolaridade, acima da deles, são potenciais usurpadores ou expropriadores de um certo “status quo” institucionalizado.
No, actual contexto, infelizmente, a grande maioria dos desempregados, com alta escolaridade, são obrigados a omiti-la para conseguirem trabalho, pois de outro modo são estigmatizados e, a cada mês que passa, engrossam os quadros do IEFP de “desempregados de longa duração”.
Nunca, como hoje e, numa sociedade que se quer moderna, eficiente, empreendedora e sustentável, como, deveria ser, a portuguesa, a BAIXA ESCOLARIDADE foi tão valorizada pelos empregadores. Segundo dados do INE, o desemprego tem diminuído entre os indivíduos com no máximo o 12º ano de escolaridade, com especial incidência nos com no máximo o 9º ano de escolaridade.
Por mais que se aponte o dedo aos, actuais e antigos, governantes deste país, se as mentalidades “empresariais(?)” não sofrerem mutações, os níveis de desemprego dificilmente diminuirão em Portugal, ou seja, o actual estado de coisas, não pode ser imputado, somente, às sucessivas governações, estado da economia, etc.

PS: hoje, pelas 12.30h, o site do IEFP dispunha de 4.994 Ofertas de Emprego Nacionais, dessas somente 111 são destinadas a Licenciados.