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sexta-feira, 1 de março de 2013

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A apatia do país

Sim é verdade! Estes políticos conseguiram algo incrível, ou seja, criar uma tal apatia no povo, como nunca pensei um dia assistir. Tivemos o 15 de Setembro que os assustou, mas surgiu e esgotou-se nesse mesmo dia. Vivemos dias de um egoísmo atroz, cada um está apenas preocupado consigo mesmo e na sua sobrevivência e nada se passa. Pergunto-me muitas vezes onde andam aqueles milhares de pessoas que, nos últimos anos da governação de Sócrates, se juntavam e saiam à rua quase diariamente? Estão de tal modo preocupadas com elas mesmo que se tornaram apáticas perante a sucessão de acontecimentos nefastos que nos têm assolado. Nem nos anos da ditadura fascista assistimos a esta apatia generalizada que neste momento está implantada no nosso país.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Alerta de um sociólogo: classe média pode desaparecer

Risco de empobrecimento «muito rápido» com consequências para a sociedade, a economia e para a democracia.

A classe média tal como a conhecemos em Portugal pode desaparecer. Tudo por causa da crise económica que o país atravessa. O alerta parte do sociólogo Elísio Estanque, que lança esta semana um livro sobre o tema.
A classe média «está em risco de um empobrecimento muito rápido» que pode levar a um «descontentamento mais amplo na sociedade portuguesa» e ao «enfraquecimento do sistema socioeconómico e do sistema democrático», explicou à Lusa o autor do livro «Classe Média: Ascensão e Declínio».
Para o sociólogo, a classe média em Portugal tem «dificuldades acrescidas» em relação a outros países ocidentais, que resultam de processos tardios quer de industrialização quer de adopção de um regime democrático.
Por isso, «a classe média que Portugal conseguiu edificar» foi criada num «processo muito rápido, pouco consistente, que resultou sobretudo da expansão do Estado social e que, na sequência dos anos 80 do século passado, sujeita a um discurso mais ou menos eufórico orientado para o consumo e para um certo individualismo, criou um conjunto de expectativas relativamente às oportunidades do sistema».
O papel dos jovens na transformação da sociedade
No entanto, a crise económica está a defraudar essas expectativas, o que acabará por levar a uma alteração da sociedade a partir da insatisfação dos jovens, avisa Elísio Estanque.
É que são muitos já os que, fazendo parte da classe média e tendo formação superior, vivem uma «condição de precariedade e insatisfação relativamente às instituições e à classe política». É, de resto, esta faixa da sociedade que «alimenta os movimentos de protesto».
São eles que «incutem um novo discurso, uma nova leitura relativamente ao funcionamento da sociedade e recorrem a outro tipo de meios e de leituras da realidade. Se esses sinais conseguirem ser capitalizados e absorvidos pelos agentes da nossa vida política - partidos políticos, sindicatos, instituições em geral - pode ser que as instituições se renovem a tempo de evitar o pior», considerou Elísio Estanque, ressalvando que «terá de haver uma renovação».

In Agência Financeira - Economia

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Como é que se Esquece Alguém que se Ama?

Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.
Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.

Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Alguns CEO são “psicopatas bem-sucedidos”

“De génio e de louco todos temos um pouco”, diz o adágio popular. O problema é quando são os loucos geniais a decidirem o futuro do planeta, as políticas dos países ou a gestão das empresas. O tema não é original e, por isso mesmo, exige preocupação. Depois de uma nova pesquisa, transformada em livro, sugerir que quatro por cento dos CEO possuem traços psicopáticos, o VER foi à procura das desordens mentais que parecem proliferar nos ambientes organizacionais


De acordo com as estatísticas, 1 em cada 100 pessoas tem traços de psicopatia. Mas, a incidência das características que definem os psicopatas sobe para 4% entre os CEO. Esta foi uma das “descobertas” feita pelo jornalista e escritor Jon Ronson enquanto fazia pesquisa para o seu último livro: The Psychopath Test: A Journey Through the Madness Industry.
O jornalista britânico e autor de livros que se transformaram em filmes de sucesso, como é o caso de “O Homem que matava cabras só com o olhar”, com um elenco de luxo que incluí George Clooney, Jeff Bridges e Kevin Spacey, mergulhou no mundo das desordens mentais e dos perfis criminais para tentar perceber o que transforma alguma pessoas em psicopatas – predadores perigosos que não possuem mecanismos de controlo de comportamento nem sentimentos “naturais” que todos nós damos como garantidos. E uma das coisas que aprendeu ao longo da sua pesquisa prende-se com esta percentagem de pessoas que, com traços psicológicos específicos, conseguem chegar aos mais altos cargos da gestão de grandes empreendimentos.
O best-seller que entrou directamente para o top dos livros mais vendidos do The New York Times não é, de longe, o primeiro sobre esta temática, que há várias décadas fascina estudiosos de vários quadrantes. E, de tempos a tempos, surgem livros, estudos e artigos que “comprovam” que alguns CEOs são psicopatas bem-sucedidos, sendo que os criminosos que escondem cadáveres nos seus jardins são os denominados psicopatas mal sucedidos.
De acordo com Robert Hare, o criador do Teste de Psicopatia (uma checklist de 20 itens), largamente utilizado por forças policiais especiais como o FBI e outras unidades de comportamento criminal, “os psicopatas possuem uma ausência profunda de empatia; utilizam as pessoas de forma cruel e sem qualquer tipo de remorso para atingir os seus fins; seduzem as vítimas com um charme hipnótico que mascara a sua verdadeira natureza de mentirosos compulsivos, de mestres na arte de enganar e de manipuladores sem coração. Com tendência para se aborrecerem facilmente, procuram estímulos constantes, pois o que os excita é ganharem “jogos” da vida real, ao mesmo tempo que retiram todo o prazer possível do poder que têm relativamente aos outros”.
Um dos perfis que encaixa perfeitamente na “lista” de Hare [e que serviu de base ao trabalho de Ronson] é Al Dunlap, o antigo CEO da Sunbeam, conhecido, entre outras coisas, por ter sido um impiedoso downsider. Com uma alcunha, no mínimo, digna de um bom filme de terror –Chainsaw Al ou o homem da motosserra – foi inúmeras vezes elogiado e ascendeu a vários cargos de topo, pois entre as suas várias especialidades – era também conhecido por ser o mestre das reestruturações – contava-se a facilidade com que despedia pessoas sem mostrar qualquer tipo de emoção. De qualquer das formas, quanto mais cruelmente as administrações das quais fazia parte se comportavam, maior era o seu valor accionista no mercado. O que leva à inevitável questão: será que estes traços de psicopatia podem ter um lado positivo?
“Nem todos os CEOs da Fortune 500 são psicopatas”
A boa notícia é dada pelo próprio autor da pesquisa mas que, em entrevista recente à revista Forbes, afirma também que o seu livro “oferece evidências de que a forma como o capitalismo está estruturado é, na verdade, uma manifestação física anómala do cérebro conhecida como psicopatia”. Explicando sumariamente qual a gradação do teste de Hare – cujo nível máximo é 40 – Ronson explica que uma pessoa que atinja 20 pontos é já digna de preocupação e que alguém com um score de 30 é já considerado como um psicopata verdadeiramente perigoso (em termos legais, o limite é 29 pontos). Obviamente que dentro de um espectro tão alargado, há que ter em conta os níveis absolutos sendo que o que mais é utilizado é a ausência literal de empatia. Nos psicopatas com as “notas” mais elevadas neste teste, “aquilo que ocupa o espaço deixado livre pela ausência de empatia é o verdadeiro gozo de manipular pessoas, sem qualquer tipo de remorso ou culpa”.
Mas e no que respeita a traços deste tipo de personalidade que parecem conduzir ao sucesso? Para Ronson, obviamente que existem traços que não gostaríamos de ver nos nossos chefes, como a dificuldade em controlar certo tipo de comportamentos. Mas, se for possível considerar outros aspectos como positivos e que constam também na checklist de Hare, os mais visíveis e atribuídos a CEOs de sucesso estão relacionados com a necessidade constante de serem estimulados e de não conseguirem lidar com situações em que nada acontece. “Quando se procura um CEO de sucesso, a ideia é que ele não se sente quieto, mas que esteja constantemente a pensar em novas formas de fazer as coisas”, afirma à Forbes. E alguns psicólogos consideram alguns destes atributos como positivos tal como a frieza sob situações de pressão, própria de líderes de sucesso e também de psicopatas. E, basicamente, os psicopatas com resultados elevados no teste de Hare podem ser líderes brilhantes, mas apenas por prazos curtos. Dando mais uma vez o exemplo de Al Dunlap, “o que eles querem fazer é ‘matar’ e passar para outro desafio”.
Mas é assim tão linear reconhecer tipos de psicopatia? Para melhor identificar os “sub-criminosos” ou os denominados psicopatas empresariais, Hare dividiu 20 características em dois subconjuntos ou “factores”. Os psicopatas empresariais tiveram uma pontuação mais elevada no Factor 1, aquele que inclui a categoria dos “egoístas, insensíveis e utilizadores sem remorsos de outros”. E inclui oito traços por excelência: frieza e charme superficial; sentimento exagerado do próprio valor; mentira patológica; ludibriar e manipular; ausência de remorso ou culpa; o efeito da superficialidade, ou uma frieza mascarada por actos emocionais dramáticos que, na verdade, faz deles excelentes actores; a já mencionada falta de empatia e a incapacidade de aceitar a responsabilização pelos seus próprios actos. Soa-lhe familiar? Em contrapartida, estes denominados psicopatas empresariais tiveram pontuações menos elevadas no Factor 2, cujos principais traços incluem “estilos de vida socialmente desviantes e instabilidade crónica” e que são facilmente atribuídos às pessoas que acabam atrás das grades por crimes bem mais horrendos do que a contabilidade criativa.
Numa linha análoga, duas psicólogas britânicas, Belinda Board e Katarina Frizon, realizaram uma investigação na Universidade de Surrey, para a qual entrevistaram e fizeram testes de personalidade a 39 executivos de topo britânicos, comparando seguidamente os seus perfis a criminosos acusados e a pacientes psiquiátricos. De acordo com os resultados, os executivos conseguiam ser até mais superficialmente charmosos, egocêntricos e desonestos que os criminosos e igualmente megalómanos, abusivos e sem mostras de empatia. E também estas duas investigadoras separam estes psicopatas em duas categorias: os bem-sucedidos executivos de topo e os criminosos, mal sucedidos – que são muito mais impulsivos e fisicamente agressivos.
Claro que para o comum dos mortais será fácil apelidar de monstro qualquer pessoa que tenha mais sucesso que ele próprio. E, se pensarmos num dos escândalos recentes que incluem “abuso de poder”, também não será difícil encontrar traços desumanizados e que constam no teste de Hare. Alegadamente, Dominique Strauss-Khan tem dificuldade em controlar o seu comportamento, é extremamente impulsivo e possui um comportamento sexual promíscuo. Por outro lado, é considerado como um sedutor bem-sucedido, mestre na arte da manipulação e um líder brilhante. O que não é suficiente – e ainda bem – para fazer generalizações. Mas, se escavarmos na literatura e na própria História, não faltam exemplos que ligam o sucesso a desordens mentais. E estes são encontrados nas mais altas esferas de poder da nossa sociedade: na política, nas finanças e nas empresas.
Empresas psicopatas
Robert Hare foi um dos entrevistados no documentário “The Corporation” que deu que falar nos já idos anos de 2005 e sobre o qual o VER já escreveu. Neste, era a própria empresa que, sentada no divã, era analisada e diagnosticada da seguinte forma: “enquanto psicopata, a empresa persegue implacavelmente os seus próprios interesses económicos, independentemente de quão destruidoras possam ser as consequências para os outros. Incapaz de sentir culpa ou consideração pelas pessoas e pelo ambiente, absurdamente egocêntrica, a empresa psicopata e os seus interesses desenfreados vitimam os indivíduos, a sociedade, e até mesmo os accionistas e podem levar as organizações à autodestruição, como têm vindo a revelar os diversos escândalos na Europa e Estados Unidos [na altura em que o documentário começou a ser feito, sofria-se a estupefacção relativamente à Enron e à WorldCom].
Mas e entretanto, a chamada responsabilidade social das empresas começou a constar no mapa de bom comportamento exigível e, no próprio documentário, esta entidade era igualmente descrita como “capaz de imitar qualidades humanas como a empatia, o cuidado com os outros e o altruísmo”.

A utilização de testes psicológicos para identificar desvios de personalidade são cada vez mais utilizados e em domínios muitos distintos. O próprio Hare, que iniciou a sua já longínqua pesquisa em estabelecimentos prisionais nos Estados Unidos – com uma incidência de cerca de 25% de psicopatas face à população prisional – estabeleceu uma parceria com um outro psicólogo, Paul Babiak, especialista em psicologia organizacional, para a elaboração do denominado B-Scan e que é comummente utilizado nas empresas quando, em períodos de recrutamento, surgem candidatos detentores de um MBA, mas com uma preocupante ausência de consciência. Hare foi citado, há vários anos, por toda a imprensa, quando afirmou numa conferência que “se não estivesse a estudar psicopatas na prisão, teria muito material de estudo na Bolsa de Nova Iorque”.
Ditadura e loucura
A tendência para relacionar indivíduos com traços de psicopatia e outros que chegaram ao topo de poder, financeiro ou político, já não é apenas apanágio de um grupo de psiquiatras com aparentemente pouco que fazer. Pelo contrário. Logo que a Primavera Árabe começou a sair para as ruas, multiplicaram-se as análises, recuperaram-se estudos e propuseram-se inúmeras teorias que tentam ligar directamente o poder a uma certa dose de loucura. O registo não é o mesmo, mas tem características similares.
Principalmente quando o clube de ditadores que se recusou a abandonar o poder mesmo sabendo que teria poucas hipótese de resistir, a história voltou a fazer manchete. Por exemplo, a revista Time escrevia, há umas semanas, que os ditadores parecem ter uma propensão psicológica para lutar pelos seus títulos custe o que custar. Nos registos públicos de muitos deles, de Estaline a Mao, passando por Saddam Hussein ou pelo próprio Khadafi – já é possível ver-se padrões que moldam estas personalidades ditatoriais. Pelo menos desde que o Office of Strategic Services encomendou um perfil secreto intitulado “A Psychological Analysis of Adolf Hitler," e que foi divulgado em 1943, os psicólogos têm procurado uma explicação adequada para a mente autoritária. E novas pesquisas parecem estar agora mais perto de explicar como é que os líderes se transformam em déspotas. E se existem várias explicações para o comportamento ditatorial, uma delas é definida por serem exactamente psicopatas e considerada como a mais simples e sedutora explicação psicológica da ditadura. Definida mediante o termo anti-séptico “desordem de personalidade anti-social”, as suas características são, entre outras, “a realização repetida de actos que abrem terreno à detenção”, desonestidade, impulsividade e ausência de remorso.

É difícil pensar num ditador que não tenha demonstrado estes traços. Por exemplo, os ditadores não só mentem aos outros, como mentem a si próprios. “Se alguma vez Estaline chamou traidor a alguém, não eram só as mentes dos outros que ele estava a manipular”, escreve o historiador de Oxford Robert Servive na biografia sobre o ditador. De uma forma similar, Khadafi parece verdadeiramente acreditar não só que a oposição ao seu regime é igual à oposição à própria existência da Líbia mas, como ele mesmo afirmou, logo a seguir aos levantamentos populares se terem iniciado, que “todo o meu povo está comigo. Eles irão morrer para me proteger”. A diferença é que os verdadeiros psicopatas não são apenas assassinos mentiroso e sem remorsos, mas também cruéis e brutais, o que não acontece com a maioria dos ditadores, pelo menos no que respeita a perpetrar este tipo de actos pelas suas próprias mãos.
 Scott Atran é um psicólogo da Universidade do Michigan que há duas décadas se dedica a estudar os “homens fortes” do mundo. E a sua principal conclusão é que é um impulso no sentido da moralidade, e não o sadismo ou a ambição, que move os homens com este tipo de personalidade. Hitler, por exemplo, recusou o equivalente a centenas de milhares de dólares para reclassificar um pequeno grupo de judeus austríacos como não judeus. De forma similar, Atran e a sua equipa têm vindo a publicar relatórios com evidências claras de que o regime iraniano ignora ofertas substanciais de ajuda para acabar com o seu programa nuclear, pois o considera “um valor sagrado” de independência.
Ambiente organizacional convida aos desvios de personalidade?
Voltando às empresas, Hare afirma também que o ambiente organizacional da actualidade se tem vindo a tornar cada vez mais “hospitaleiro” para este tipo de personalidades. Num estudo pioneiro e de longo curso efectuado pelo colega Babiak, este concentrou-se em algumas multinacionais (cujos nomes não foram revelados) e nas mudanças organizacionais dramáticas - desde downsizings severos, a reestruturações, fusões e aquisições – e concluiu que este tipo de tumultos abre terreno para a “eclosão” de personalidades desviantes. Para além de alertar para o facto de as guerras produzirem excelentes oportunidades para que psicopatas criminosos possam brilhar. Citando o exemplo de Slobodan Milosevic, da Sérvia – Babiak concluiu que estas perturbações criam um ambiente de boas-vindas aos “assassinos empresariais”. “O psicopata não tem qualquer dificuldade em lidar com as consequências de uma qualquer mudança dramática. Pelo contrário, é nestas alturas em que mais ‘floresce’”, afirmava Babiak numa entrevista à revista Fast Company em 2007. “O caos organizacional fornece o estímulo necessário para as emoções procuradas pelos psicopatas ao mesmo tempo que oferece a cobertura suficiente para a manipulação e para os comportamentos abusivos”, acrescenta.
 Michael Maccoby, um psicoterapeuta e consultor de grandes multinacionais, afirma que é fácil este tipo de psicopatas atingir o sucesso na sociedade. É que na verdade são poucas as pessoas que conseguem descortinar o quão diferentes eles são da maioria de nós. Quando assumimos que eles se preocupam com os sentimentos dos outros, torna-se muito mais fácil para eles conseguirem “brincar” connosco. E, apesar de não terem empatia, desenvolvem, tal como um bom actor, a capacidade de a fingirem na perfeição. E mesmo não tendo a mínima preocupação no que respeita aos que os rodeiam, possuem um elemento de inteligência emocional que lhes permite observrem, com clareza, as nossas emoções e manipularem-nas.
A boa notícia é que parece ser possível fazer algo relativamente aos psicopatas empresariais. É do consenso científico que apenas 50% da nossa personalidade é influenciada pela genética, o que demonstra que os psicopatas são igualmente moldados pela cultura que os acolhe. Assim e apesar de ser uma boa ideia mantermo-nos atentos, está também nas mãos de todos nós contribuirmos para alterar a cultura organizacional que nos rodeia.
By: Helena Oliveira / Veja

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

"A pé para a escola (Walk to School Portugal)"

Nos últimos anos tem-se vindo a assistir a uma quebra dramática do modo pedonal no acesso à escola por parte dos alunos. A tomada e largada de alunos nas escolas pelos seus pais, cada um no seu automóvel, têm-se tornado num grave problema de gestão da mobilidade, de segurança rodoviária e organização do espaço público junto às entradas das escolas. A estes problemas juntam-se, ainda, as consequências nefastas em termos de saúde e desenvolvimento social das crianças, para além de contrariar objectivos de sustentabilidade.

O projecto visa criar um modelo local de intervenção social, replicável, que permita promover a sensibilização e mudança comportamental da comunidade escolar relativamente às deslocações pendulares casa-escola. Neste contexto, o projecto visa a criação e aplicação de estratégias e medidas para facilitar as deslocações pedonais, num processo de capacitação que envolve as comunidades e as instituições locais.

De forma genérica, pretende proporcionar aos alunos do 1.º ciclo do Ensino Básico maior autonomia relativamente às suas famílias para se deslocarem de casa para a escola, dotando-os e sensibilizando os com as seguintes noções:

• Orientação em espaço público;
• Segurança rodoviária;
• Cidadania, utilização e respeito do espaço público;
• Sustentabilidade;
• Saúde.

De forma específica, o projecto visa:
1. Desenvolver novas capacidades e desempenhos junto de grupos de cidadãos (nomeadamente alunos, professores, reformados, …), organizações (escolas, autarquias, polícia de segurança pública, direcções regionais de educação, bombeiros, associações desportivas e culturais, centros de saúde, etc.) e tecido empresarial, promovendo uma atitude de participação construtiva no espaço público.
2. Incentivar novas políticas a nível municipal que contribuam para uma melhor acessibilidade das crianças às escolas em condições de equidade e segurança, aumentando a coesão social assente nos valores de inclusão, nomeadamente ao nível da atenção particular que deverá ser dada ao conforto e segurança dos percursos escolares de proximidade.
3. Proporcionar uma mobilidade mais sustentável traduzida num espaço público mais seguro e amigável às deslocações a pé.
4. Construir, testar e aferir um modelo de intervenção social orientado para a institucionalização dos princípios da sustentabilidade e da GM sustentável que possa ser transferido para as autarquias dos municípios participantes.
5. Transferir e divulgar as experiências colhidas no âmbito do projecto para futuras replicações, alargando-as ao território dos demais municípios que o queiram replicar, chamando à participação as Direcções Regionais de Educação, na tentativa de que o objectivo do projecto venha a ser considerado nos currículos leccionados.


Fonte: Projecto "A pé para a escola (Walk to School Portugal)"

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Carnaval brasileiro: As raízes são portuguesas

Os carros alegóricos que se vêem no Sambódromo do Rio e de São Paulo e os bonecos gigantes de Olinda têm origem no mesmo lugar, ou seja, na aldeia de Castedo (vale do Rio Douro / Portugal).

Saiba mais aqui.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

WWF for a living planet

A WWF é uma das organizações independentes de conservação da natureza mais importantes a nível mundial. Tem cerca de 5 milhões de apoiantes e está activa nos cinco continentes em mais de 100 países.
O estilo único da WWF combina objectivos globais com critérios científicos, experiência e rigor, envolve acção a todos os níveis, do local ao global e apresenta soluções inovadoras que visam a protecção da vida humana e da natureza.

Aconselha-se a visita.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Ciclos da Vida

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos, não importa o nome que damos.
O que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedido do trabalho?
Terminou uma relação?
Deixou a casa dos pais?
Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu.
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó.
Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã...
Todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem connosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora.
Soltar.
Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas.
Portanto, às vezes ganhamos e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu génio, que entendam seu amor.
Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa...
Nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos.
Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba.
Mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.
Acerte em tudo que puder acertar. Mas, não se torture com seus erros.

By Paulo Coelho

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A Lição do Ratinho

Serve para aqueles que se sentem seguros na actual crise mundial.
O que é mau para alguém pode ser mau para todos...

“Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote.
Pensou logo no tipo de comida que haveria ali.
Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.
Correu ao pátio da fazenda advertindo todos:
- Há uma ratoeira na casa… há uma ratoeira na casa!
A galinha disse:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até ao porco e disse:
- Há uma ratoeira na casa, há uma ratoeira!
- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranquilo que o Sr. Será lembrado nas minhas orações.
O rato dirigiu-se à vaca. E ela disse:
- O quê? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!
Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira.
Naquela noite ouviu-se um barulho. A ratoeira, tudo indicava, tinha apanhado a sua vítima.
A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia sido apanhado.
No escuro, ela não viu que a ratoeira tinha apanhado a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher...
O fazendeiro levou-a de imediato para o hospital.
Ela voltou com febre.
Toda a gente sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou no cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.
Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou por morrer. Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar toda aquela gente”.

Moral da História:
Na próxima vez que ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco. O problema de um pode ser o problema de todo!

PS: excelente fábula para ser divulgada principalmente em grupos de trabalho!
“Nós aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a conviver como irmãos”.

Esta serve de lição para todos nós.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Tu que tiveste a tua infância durante os anos 60, 70 ... Como podes ter sobrevivido?


Os carros não tinham cintos de segurança, apoios de cabeça, nem airbag!
Afinal de contas... Íamos soltos no banco de trás aos saltos e na galhofa. E isso não era perigoso!
As camas tinham grades e os brinquedos eram multicores com pecinhas que se soltavam ou no mínimo pintados com umas tintas “duvidosas” contendo chumbo ou outro veneno qualquer.
Não havia trancas de segurança nas portas dos carros, chaves nos armários de medicamentos, detergentes ou químicos domésticos.
Andávamos de bicicleta para lá e para cá, sem capacete, joelheiras, caneleiras e cotoveleiras...
Bebíamos água em potes de barro, da torneira, duma mangueira, ou duma fonte e não águas minerais em garrafas ditas “esterilizadas”.
Construíamos aqueles famosos carrinhos de rolamentos e aqueles que tinham a sorte de morar perto duma ladeira asfaltada, podiam tentar bater recordes de velocidade e até verificar no meio do caminho que tinham economizado a sola dos sapatos, que eram usados como travões... Depois de acabarmos num silvado aprendíamos.
Íamos brincar na rua com uma única condição: voltar para casa ao anoitecer.
Não havia telemóveis... Os nossos pais não sabiam onde estávamos! Era incrível!
Tínhamos aulas só de manhã, e íamos almoçar a casa.
Quando tínhamos piolhos a nossa mãe lavava-nos a cabeça com “Quitoso” e com um pente fininho removia a piolhada toda.
Braços engessados, dentes partidos, joelhos esfolados, cabeça rachada. Alguém se queixava disso? Não!
Comíamos doces à vontade, pão com Tulicreme, bebidas com o (perigoso) açúcar. Não se falava de obesidade.
Quando comprávamos aqueles tubinhos de Fá naquela mercearia da esquina, vinha logo o pessoal todo a pedir um “coche” e dividíamos com os nossos amigos. Bebiam todos pelo mesmo tubinho e nunca ninguém morreu por isso.
Nada de Playstations, Nintendo,X boxes, jogos de Vídeo, televisão por satélite, televisão a Cabo nem DVD’s, Dolby surround.
O telemóvel era ficção científica.
Computador? Internet? Só amigos.
Brincávamos sempre na rua e éramos super activos...
A pé ou de bicicleta, íamos à casa dos nossos amigos, mesmo que morassem a kms da nossa casa, entrávamos sem bater e íamos brincar.
É verdade! Lá fora, nesse mundo cinzento e sem segurança! Como era possível? Jogávamos futebol na rua, muitas vezes com a baliza sinalizada por duas pedras...
Ás vezes quando éramos muitos tínhamos que ficar de fora sem jogar nem ser substituído... mas nem era o “FIM DO MUNDO”!
Na escola havia bons e maus alunos. Uns passavam e outros eram reprovados. Ninguém ia por isso a um psicólogo ou psicoterapeuta. Não havia a moda dos superdotados, nem se falava em dislexia, problemas de concentração, hiperactividade. Quem não passava, simplesmente repetia de ano e tentava de novo no ano seguinte!
As nossas festas eram animadas por gira-discos , afazerem aqueles cliques da agulha a deslizar nos discos de vinil.
As bebidas, eram claro, a deliciosa groselha com cubinhos de gelo.
Tínhamos:
Liberdade,
Fracassos,
Sucessos e
Deveres... e aprendíamos a lidar com cada um deles!
A única verdadeira questão é: Como conseguimos sobreviver?
E acima de tudo, como conseguimos desenvolver a nossa personalidade?
Também és dessa geração?
Se sim, então lê este post aos teus amigos desse tempo, e também aos teus filhos e sobrinhos, para que eles saibam como era no... Nosso tempo!
Sem dúvida vão responder que era uma chatice, mas ...
Como éramos felizes!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Books e mais Books

A editora Springer oferece agora via-Bon o acesso a várias centenas de e-books em texto integral divididos por 13 colecções, de entre as quais destacamos, entre outros:  Arquitectura e Design, Economia, Gestão, Informática, Ciências Sociais e Matemática.

Verifique em ( Books)

domingo, 20 de dezembro de 2009

Mulheres Andina (Lima / Peru)


O banco de suplentes de uma equipa andina do campeonato nacional de futebol das mulheres indígenas.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Cimeira de Copenhaga: Acordo climático não vinculativo marca o fim.


O Acordo de Copenhaga, segundo as organizações ambientalistas, é uma falsa partida, um fracasso histórico. Não só ignora a Ciência, como se guia pelos interesses nacionais de alguns países.
É, ainda, um documento sem ambição, acaba com a liderança da UE e é um desastre para os sonhos europeus.


Fonte: Expresso

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Civilização maia


Compartilhamos com vocês as, maravilhosas, obras do escultor Mario Morasan baseadas na civilização maia. A civilização maia foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana, notável não só pelos seus mais de 3000 anos, como pela escrita.
A civilização maia divide muitas características com outras civilizações da mesoamérica, devido ao alto grau de interacção e difusão cultural que caracteriza a região. Avanços como a escrita, epigrafia ou o calendário não se originaram com os maias; no entanto, esta civilização desenvolveu-os plenamente.
Contrariando a crença popular, o povo maia nunca "desapareceu", ainda, hoje milhões vivem na mesma região e muitos deles, ainda, falam alguns dialectos da língua original.

 
A não perder.

Cimeira de Copenhaga: Mudanças Climáticas



A Cimeira de Copenhaga chega hoje ao fim. O impasse negocial e as divergências, entre os 25 líderes mundiais, poderão levar as gerações futuras ao caos ambiental. Será o futuro do planeta o que retrata o vídeo? Muitos de nós nunca o chegarão a saber, mas as gerações seguintes serão testemunhas, ou nao, do que aqui é retratado.

Fonte do Video: Quercus

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O que, por vezes, comemos (Bitola / Macedônia)


Porcos alimentam-se de detritos, depositados numa lixeira, junto às torres de resfriamento de uma fábrica.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Teoria crítica: Estudos de retórica e cultura


Textos dos mais diversificados autores e para todos os gostos:

Theodor W. Adorno; Louis Althusser; Jean Baudrillard; Jorge Luis Borges; Pierre Bourdieu; Judith Butler; Hélène Cixous; Guy Debord; Gilles Deleuze; Félix Guattari; Jacques Derrida; Umberto Eco; Michel Foucault; Antonio Gramsci; Jürgen Habermas; Stuart Hall; Donna J. Haraway; Fredric Jameson; Arthur and Marilouise Kroker; Jean-François Lyotard; Herbert Marcuse; Mark Poster; Paul Virilio; Raymond Williams e, ainda, outros.

A não perder:
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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Filhos da ignorância

Ao longo de milhares de anos a maior ambição do ser humano era o conhecimento. Perseguiu-o afincadamente, pois o acesso ao mesmo era inacessível à maioria.
Nunca, como hoje, esse acesso foi tão fácil a todos e ao mesmo tempo tão desprezado.
Hoje não se conhece, mas julga-se conhecer e pior que tudo, tem-se opinião.
Talvez, nunca como hoje a ignorância esteja tão presente na maioria. Deixamos aqui, algumas "pérolas do conhecimento” que gravita actualmente:
• Para fazer uma divisão basta multiplicar subtraindo.
• Em 2020 a caixa de previdência já não tem dinheiro para pagar aos reformados, graças à quantidade de velhos que não querem morrer.
• Newton foi um grande ginecologista e obstetra europeu que regulamentou a lei da gravidez e estudou os ciclos de Ogino-Knaus.
• O Princípio de Arquimedes: qualquer corpo mergulhado na água, sai completamente molhado.
• A Terra vira-se nela mesma, e esse difícil movimento chama-se arrotação.
• Quando o olho vê, não sabe o que está a ver, então ele amanda uma foto eléctrica para o cérebro que lhe explica o que está a ver.
• O hipopótamo comanda o sistema digestivo e o hipotálamo é um bicho muito perigoso.
• A água tem uma cor inodora.
• A baleia é um peixe mamífero encontrado em abundância nos nossos rios.
• A Latitude é um circo que passa por o Equador, dos zero aos 90º.
• O caudal de um rio, é quando um rio vai andando e deixa um bocadinho para trás.
• Uma tonelada pesa pelo menos 100Kg de chumbo.
• O metro é a décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre e para o cálculo dar certo arredondaram a Terra.
• A História divide-se em 4: Antiga, Média, Momentânea e Futura, a mais estudada hoje.
• O teste do carbono 14 permite-nos saber se antigamente alguém morreu.
• O pai de D. Pedro II era D. Pedro I, e de D. Pedro I era D. Pedro 0 (zero).
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