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sábado, 13 de outubro de 2012

Nobel da Paz

Por razões que a própria razão desconhece, a academia suéca, decidiu atribuir o Prémio Nobel da Paz a uma União Europeia que vive os seus tempos mais conturbados desde  o pós 2ª Grande Guerra. Nunca desde a sua origem houve tanta agitação social e descontentamento, como as imagens abaixo comprovam, fomentada pelas desigualdades existentes entre os países ricos e pobres da União.
Mas como inicialmente comentámos, por razões que a própria razão desconhece foi-nos atribuído o prémio.


sábado, 11 de fevereiro de 2012

domingo, 29 de janeiro de 2012

Alerta de um sociólogo: classe média pode desaparecer

Risco de empobrecimento «muito rápido» com consequências para a sociedade, a economia e para a democracia.

A classe média tal como a conhecemos em Portugal pode desaparecer. Tudo por causa da crise económica que o país atravessa. O alerta parte do sociólogo Elísio Estanque, que lança esta semana um livro sobre o tema.
A classe média «está em risco de um empobrecimento muito rápido» que pode levar a um «descontentamento mais amplo na sociedade portuguesa» e ao «enfraquecimento do sistema socioeconómico e do sistema democrático», explicou à Lusa o autor do livro «Classe Média: Ascensão e Declínio».
Para o sociólogo, a classe média em Portugal tem «dificuldades acrescidas» em relação a outros países ocidentais, que resultam de processos tardios quer de industrialização quer de adopção de um regime democrático.
Por isso, «a classe média que Portugal conseguiu edificar» foi criada num «processo muito rápido, pouco consistente, que resultou sobretudo da expansão do Estado social e que, na sequência dos anos 80 do século passado, sujeita a um discurso mais ou menos eufórico orientado para o consumo e para um certo individualismo, criou um conjunto de expectativas relativamente às oportunidades do sistema».
O papel dos jovens na transformação da sociedade
No entanto, a crise económica está a defraudar essas expectativas, o que acabará por levar a uma alteração da sociedade a partir da insatisfação dos jovens, avisa Elísio Estanque.
É que são muitos já os que, fazendo parte da classe média e tendo formação superior, vivem uma «condição de precariedade e insatisfação relativamente às instituições e à classe política». É, de resto, esta faixa da sociedade que «alimenta os movimentos de protesto».
São eles que «incutem um novo discurso, uma nova leitura relativamente ao funcionamento da sociedade e recorrem a outro tipo de meios e de leituras da realidade. Se esses sinais conseguirem ser capitalizados e absorvidos pelos agentes da nossa vida política - partidos políticos, sindicatos, instituições em geral - pode ser que as instituições se renovem a tempo de evitar o pior», considerou Elísio Estanque, ressalvando que «terá de haver uma renovação».

In Agência Financeira - Economia

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Alguns CEO são “psicopatas bem-sucedidos”

“De génio e de louco todos temos um pouco”, diz o adágio popular. O problema é quando são os loucos geniais a decidirem o futuro do planeta, as políticas dos países ou a gestão das empresas. O tema não é original e, por isso mesmo, exige preocupação. Depois de uma nova pesquisa, transformada em livro, sugerir que quatro por cento dos CEO possuem traços psicopáticos, o VER foi à procura das desordens mentais que parecem proliferar nos ambientes organizacionais


De acordo com as estatísticas, 1 em cada 100 pessoas tem traços de psicopatia. Mas, a incidência das características que definem os psicopatas sobe para 4% entre os CEO. Esta foi uma das “descobertas” feita pelo jornalista e escritor Jon Ronson enquanto fazia pesquisa para o seu último livro: The Psychopath Test: A Journey Through the Madness Industry.
O jornalista britânico e autor de livros que se transformaram em filmes de sucesso, como é o caso de “O Homem que matava cabras só com o olhar”, com um elenco de luxo que incluí George Clooney, Jeff Bridges e Kevin Spacey, mergulhou no mundo das desordens mentais e dos perfis criminais para tentar perceber o que transforma alguma pessoas em psicopatas – predadores perigosos que não possuem mecanismos de controlo de comportamento nem sentimentos “naturais” que todos nós damos como garantidos. E uma das coisas que aprendeu ao longo da sua pesquisa prende-se com esta percentagem de pessoas que, com traços psicológicos específicos, conseguem chegar aos mais altos cargos da gestão de grandes empreendimentos.
O best-seller que entrou directamente para o top dos livros mais vendidos do The New York Times não é, de longe, o primeiro sobre esta temática, que há várias décadas fascina estudiosos de vários quadrantes. E, de tempos a tempos, surgem livros, estudos e artigos que “comprovam” que alguns CEOs são psicopatas bem-sucedidos, sendo que os criminosos que escondem cadáveres nos seus jardins são os denominados psicopatas mal sucedidos.
De acordo com Robert Hare, o criador do Teste de Psicopatia (uma checklist de 20 itens), largamente utilizado por forças policiais especiais como o FBI e outras unidades de comportamento criminal, “os psicopatas possuem uma ausência profunda de empatia; utilizam as pessoas de forma cruel e sem qualquer tipo de remorso para atingir os seus fins; seduzem as vítimas com um charme hipnótico que mascara a sua verdadeira natureza de mentirosos compulsivos, de mestres na arte de enganar e de manipuladores sem coração. Com tendência para se aborrecerem facilmente, procuram estímulos constantes, pois o que os excita é ganharem “jogos” da vida real, ao mesmo tempo que retiram todo o prazer possível do poder que têm relativamente aos outros”.
Um dos perfis que encaixa perfeitamente na “lista” de Hare [e que serviu de base ao trabalho de Ronson] é Al Dunlap, o antigo CEO da Sunbeam, conhecido, entre outras coisas, por ter sido um impiedoso downsider. Com uma alcunha, no mínimo, digna de um bom filme de terror –Chainsaw Al ou o homem da motosserra – foi inúmeras vezes elogiado e ascendeu a vários cargos de topo, pois entre as suas várias especialidades – era também conhecido por ser o mestre das reestruturações – contava-se a facilidade com que despedia pessoas sem mostrar qualquer tipo de emoção. De qualquer das formas, quanto mais cruelmente as administrações das quais fazia parte se comportavam, maior era o seu valor accionista no mercado. O que leva à inevitável questão: será que estes traços de psicopatia podem ter um lado positivo?
“Nem todos os CEOs da Fortune 500 são psicopatas”
A boa notícia é dada pelo próprio autor da pesquisa mas que, em entrevista recente à revista Forbes, afirma também que o seu livro “oferece evidências de que a forma como o capitalismo está estruturado é, na verdade, uma manifestação física anómala do cérebro conhecida como psicopatia”. Explicando sumariamente qual a gradação do teste de Hare – cujo nível máximo é 40 – Ronson explica que uma pessoa que atinja 20 pontos é já digna de preocupação e que alguém com um score de 30 é já considerado como um psicopata verdadeiramente perigoso (em termos legais, o limite é 29 pontos). Obviamente que dentro de um espectro tão alargado, há que ter em conta os níveis absolutos sendo que o que mais é utilizado é a ausência literal de empatia. Nos psicopatas com as “notas” mais elevadas neste teste, “aquilo que ocupa o espaço deixado livre pela ausência de empatia é o verdadeiro gozo de manipular pessoas, sem qualquer tipo de remorso ou culpa”.
Mas e no que respeita a traços deste tipo de personalidade que parecem conduzir ao sucesso? Para Ronson, obviamente que existem traços que não gostaríamos de ver nos nossos chefes, como a dificuldade em controlar certo tipo de comportamentos. Mas, se for possível considerar outros aspectos como positivos e que constam também na checklist de Hare, os mais visíveis e atribuídos a CEOs de sucesso estão relacionados com a necessidade constante de serem estimulados e de não conseguirem lidar com situações em que nada acontece. “Quando se procura um CEO de sucesso, a ideia é que ele não se sente quieto, mas que esteja constantemente a pensar em novas formas de fazer as coisas”, afirma à Forbes. E alguns psicólogos consideram alguns destes atributos como positivos tal como a frieza sob situações de pressão, própria de líderes de sucesso e também de psicopatas. E, basicamente, os psicopatas com resultados elevados no teste de Hare podem ser líderes brilhantes, mas apenas por prazos curtos. Dando mais uma vez o exemplo de Al Dunlap, “o que eles querem fazer é ‘matar’ e passar para outro desafio”.
Mas é assim tão linear reconhecer tipos de psicopatia? Para melhor identificar os “sub-criminosos” ou os denominados psicopatas empresariais, Hare dividiu 20 características em dois subconjuntos ou “factores”. Os psicopatas empresariais tiveram uma pontuação mais elevada no Factor 1, aquele que inclui a categoria dos “egoístas, insensíveis e utilizadores sem remorsos de outros”. E inclui oito traços por excelência: frieza e charme superficial; sentimento exagerado do próprio valor; mentira patológica; ludibriar e manipular; ausência de remorso ou culpa; o efeito da superficialidade, ou uma frieza mascarada por actos emocionais dramáticos que, na verdade, faz deles excelentes actores; a já mencionada falta de empatia e a incapacidade de aceitar a responsabilização pelos seus próprios actos. Soa-lhe familiar? Em contrapartida, estes denominados psicopatas empresariais tiveram pontuações menos elevadas no Factor 2, cujos principais traços incluem “estilos de vida socialmente desviantes e instabilidade crónica” e que são facilmente atribuídos às pessoas que acabam atrás das grades por crimes bem mais horrendos do que a contabilidade criativa.
Numa linha análoga, duas psicólogas britânicas, Belinda Board e Katarina Frizon, realizaram uma investigação na Universidade de Surrey, para a qual entrevistaram e fizeram testes de personalidade a 39 executivos de topo britânicos, comparando seguidamente os seus perfis a criminosos acusados e a pacientes psiquiátricos. De acordo com os resultados, os executivos conseguiam ser até mais superficialmente charmosos, egocêntricos e desonestos que os criminosos e igualmente megalómanos, abusivos e sem mostras de empatia. E também estas duas investigadoras separam estes psicopatas em duas categorias: os bem-sucedidos executivos de topo e os criminosos, mal sucedidos – que são muito mais impulsivos e fisicamente agressivos.
Claro que para o comum dos mortais será fácil apelidar de monstro qualquer pessoa que tenha mais sucesso que ele próprio. E, se pensarmos num dos escândalos recentes que incluem “abuso de poder”, também não será difícil encontrar traços desumanizados e que constam no teste de Hare. Alegadamente, Dominique Strauss-Khan tem dificuldade em controlar o seu comportamento, é extremamente impulsivo e possui um comportamento sexual promíscuo. Por outro lado, é considerado como um sedutor bem-sucedido, mestre na arte da manipulação e um líder brilhante. O que não é suficiente – e ainda bem – para fazer generalizações. Mas, se escavarmos na literatura e na própria História, não faltam exemplos que ligam o sucesso a desordens mentais. E estes são encontrados nas mais altas esferas de poder da nossa sociedade: na política, nas finanças e nas empresas.
Empresas psicopatas
Robert Hare foi um dos entrevistados no documentário “The Corporation” que deu que falar nos já idos anos de 2005 e sobre o qual o VER já escreveu. Neste, era a própria empresa que, sentada no divã, era analisada e diagnosticada da seguinte forma: “enquanto psicopata, a empresa persegue implacavelmente os seus próprios interesses económicos, independentemente de quão destruidoras possam ser as consequências para os outros. Incapaz de sentir culpa ou consideração pelas pessoas e pelo ambiente, absurdamente egocêntrica, a empresa psicopata e os seus interesses desenfreados vitimam os indivíduos, a sociedade, e até mesmo os accionistas e podem levar as organizações à autodestruição, como têm vindo a revelar os diversos escândalos na Europa e Estados Unidos [na altura em que o documentário começou a ser feito, sofria-se a estupefacção relativamente à Enron e à WorldCom].
Mas e entretanto, a chamada responsabilidade social das empresas começou a constar no mapa de bom comportamento exigível e, no próprio documentário, esta entidade era igualmente descrita como “capaz de imitar qualidades humanas como a empatia, o cuidado com os outros e o altruísmo”.

A utilização de testes psicológicos para identificar desvios de personalidade são cada vez mais utilizados e em domínios muitos distintos. O próprio Hare, que iniciou a sua já longínqua pesquisa em estabelecimentos prisionais nos Estados Unidos – com uma incidência de cerca de 25% de psicopatas face à população prisional – estabeleceu uma parceria com um outro psicólogo, Paul Babiak, especialista em psicologia organizacional, para a elaboração do denominado B-Scan e que é comummente utilizado nas empresas quando, em períodos de recrutamento, surgem candidatos detentores de um MBA, mas com uma preocupante ausência de consciência. Hare foi citado, há vários anos, por toda a imprensa, quando afirmou numa conferência que “se não estivesse a estudar psicopatas na prisão, teria muito material de estudo na Bolsa de Nova Iorque”.
Ditadura e loucura
A tendência para relacionar indivíduos com traços de psicopatia e outros que chegaram ao topo de poder, financeiro ou político, já não é apenas apanágio de um grupo de psiquiatras com aparentemente pouco que fazer. Pelo contrário. Logo que a Primavera Árabe começou a sair para as ruas, multiplicaram-se as análises, recuperaram-se estudos e propuseram-se inúmeras teorias que tentam ligar directamente o poder a uma certa dose de loucura. O registo não é o mesmo, mas tem características similares.
Principalmente quando o clube de ditadores que se recusou a abandonar o poder mesmo sabendo que teria poucas hipótese de resistir, a história voltou a fazer manchete. Por exemplo, a revista Time escrevia, há umas semanas, que os ditadores parecem ter uma propensão psicológica para lutar pelos seus títulos custe o que custar. Nos registos públicos de muitos deles, de Estaline a Mao, passando por Saddam Hussein ou pelo próprio Khadafi – já é possível ver-se padrões que moldam estas personalidades ditatoriais. Pelo menos desde que o Office of Strategic Services encomendou um perfil secreto intitulado “A Psychological Analysis of Adolf Hitler," e que foi divulgado em 1943, os psicólogos têm procurado uma explicação adequada para a mente autoritária. E novas pesquisas parecem estar agora mais perto de explicar como é que os líderes se transformam em déspotas. E se existem várias explicações para o comportamento ditatorial, uma delas é definida por serem exactamente psicopatas e considerada como a mais simples e sedutora explicação psicológica da ditadura. Definida mediante o termo anti-séptico “desordem de personalidade anti-social”, as suas características são, entre outras, “a realização repetida de actos que abrem terreno à detenção”, desonestidade, impulsividade e ausência de remorso.

É difícil pensar num ditador que não tenha demonstrado estes traços. Por exemplo, os ditadores não só mentem aos outros, como mentem a si próprios. “Se alguma vez Estaline chamou traidor a alguém, não eram só as mentes dos outros que ele estava a manipular”, escreve o historiador de Oxford Robert Servive na biografia sobre o ditador. De uma forma similar, Khadafi parece verdadeiramente acreditar não só que a oposição ao seu regime é igual à oposição à própria existência da Líbia mas, como ele mesmo afirmou, logo a seguir aos levantamentos populares se terem iniciado, que “todo o meu povo está comigo. Eles irão morrer para me proteger”. A diferença é que os verdadeiros psicopatas não são apenas assassinos mentiroso e sem remorsos, mas também cruéis e brutais, o que não acontece com a maioria dos ditadores, pelo menos no que respeita a perpetrar este tipo de actos pelas suas próprias mãos.
 Scott Atran é um psicólogo da Universidade do Michigan que há duas décadas se dedica a estudar os “homens fortes” do mundo. E a sua principal conclusão é que é um impulso no sentido da moralidade, e não o sadismo ou a ambição, que move os homens com este tipo de personalidade. Hitler, por exemplo, recusou o equivalente a centenas de milhares de dólares para reclassificar um pequeno grupo de judeus austríacos como não judeus. De forma similar, Atran e a sua equipa têm vindo a publicar relatórios com evidências claras de que o regime iraniano ignora ofertas substanciais de ajuda para acabar com o seu programa nuclear, pois o considera “um valor sagrado” de independência.
Ambiente organizacional convida aos desvios de personalidade?
Voltando às empresas, Hare afirma também que o ambiente organizacional da actualidade se tem vindo a tornar cada vez mais “hospitaleiro” para este tipo de personalidades. Num estudo pioneiro e de longo curso efectuado pelo colega Babiak, este concentrou-se em algumas multinacionais (cujos nomes não foram revelados) e nas mudanças organizacionais dramáticas - desde downsizings severos, a reestruturações, fusões e aquisições – e concluiu que este tipo de tumultos abre terreno para a “eclosão” de personalidades desviantes. Para além de alertar para o facto de as guerras produzirem excelentes oportunidades para que psicopatas criminosos possam brilhar. Citando o exemplo de Slobodan Milosevic, da Sérvia – Babiak concluiu que estas perturbações criam um ambiente de boas-vindas aos “assassinos empresariais”. “O psicopata não tem qualquer dificuldade em lidar com as consequências de uma qualquer mudança dramática. Pelo contrário, é nestas alturas em que mais ‘floresce’”, afirmava Babiak numa entrevista à revista Fast Company em 2007. “O caos organizacional fornece o estímulo necessário para as emoções procuradas pelos psicopatas ao mesmo tempo que oferece a cobertura suficiente para a manipulação e para os comportamentos abusivos”, acrescenta.
 Michael Maccoby, um psicoterapeuta e consultor de grandes multinacionais, afirma que é fácil este tipo de psicopatas atingir o sucesso na sociedade. É que na verdade são poucas as pessoas que conseguem descortinar o quão diferentes eles são da maioria de nós. Quando assumimos que eles se preocupam com os sentimentos dos outros, torna-se muito mais fácil para eles conseguirem “brincar” connosco. E, apesar de não terem empatia, desenvolvem, tal como um bom actor, a capacidade de a fingirem na perfeição. E mesmo não tendo a mínima preocupação no que respeita aos que os rodeiam, possuem um elemento de inteligência emocional que lhes permite observrem, com clareza, as nossas emoções e manipularem-nas.
A boa notícia é que parece ser possível fazer algo relativamente aos psicopatas empresariais. É do consenso científico que apenas 50% da nossa personalidade é influenciada pela genética, o que demonstra que os psicopatas são igualmente moldados pela cultura que os acolhe. Assim e apesar de ser uma boa ideia mantermo-nos atentos, está também nas mãos de todos nós contribuirmos para alterar a cultura organizacional que nos rodeia.
By: Helena Oliveira / Veja

terça-feira, 16 de março de 2010

The Breathing Earth Simulation

Um mapa-mundo impressionante...
Curiosa a relação de nascimentos/mortes em cada fracção de tempo em cada país.
Basta colocar o ponteiro do rato e clicar no país pretendido...
Além de indicar quantos nascem e morrem no mundo a cada instante, indica a população de cada país e as emissões de CO2.
É impressionante o movimento na China e na Índia...
Se verificarem bem, constatarão que a população da Europa não se consegue substituir. Em contrapartida, a África e a Ásia não param de aumentar.
Clicar no link abaixo:
http://www.breathingearth.net/

sábado, 13 de fevereiro de 2010

A nova língua portuguesa

Desde que os americanos se lembraram de começar a chamar aos negros “afro-americanos”, com vista a acabar com as raças por via gramatical, isto tem sido um fartote pegado.
Em Portugal a moda, também, pegou.
As criadas dos anos 70 passaram a “empregadas domésticas” e preparam-se agora para receber a menção de “auxiliares de apoio doméstico”. De igual modo, extinguiram-se nas escolas os “contínuos” que passaram todos a “auxiliares da acção educativa” e em 2009 passaram a chamar-se “assistentes operacionais”.
Os vendedores de medicamentos, com alguma prosápia, tratam-se por “delegados de informação médica”. E pelo mesmo processo transmudaram-se os caixeiros-viajantes para “técnicos de vendas “.
O aborto passou a “interrupção voluntária da gravidez”.
Os gangs são “grupos de jovens”.
Os operários repentinamente passaram a “colaboradores” e as fábricas vistas do interior são “unidades produtivas”, vistas do exterior são “centros de decisão nacionais”.
O analfabetismo desapareceu da crosta portuguesa, cedendo o passo à “iliteracia” galopante.
Dos comboios desapareceram, a 1.ª e 2.ª classe. Para não ferir a susceptibilidade social das massas hierarquizadas, mas por imperscrutáveis necessidades de tesouraria continuam a cobrar-se preços distintos nas classes “Conforto” e “Turística”.
A Ágata, rainha do pimba, cantava chorosa: «Sou mãe solteira...». Agora, se quiser acompanhar os novos tempos, deve alterar a letra da melodia: «Tenho uma família monoparental...».
Aquietadas pela televisão, já se não vêem por aí aos pinotes crianças irrequietas e «terroristas». Diz-se modernamente que têm um “comportamento disfuncional hiperactivo”. Do mesmo modo, e para felicidade dos encarregados de educação, os brilhantes programas escolares extinguiram os alunos cábulas. Tais estudantes serão, quando muito, “crianças de desenvolvimento instável”.
Infelizmente, ainda, há cegos, mas como a palavra é considerada desagradável e até aviltante, quem não vê é considerado “invisual” (o termo é gramaticalmente impróprio, como impróprio seria chamar “inauditivos” aos surdos - mas o politicamente correcto marimba-se para as regras gramaticais...)
As putas passaram a ser “senhoras de alterne”.
Para compor o ramalhete e se darem ares, as gentes cultas da praça desbocam-se em “implementações”, “posturas pró-activas”, “políticas fracturantes” e outros barbarismos da linguagem.
E assim linguajamos o Português, vagueando perdidos entre a «correcção política» e o novo-riquismo linguístico.
Estamos lixados com este novo português. Não admira que o pessoal tenha cada vez mais esgotamentos e stress. Já não se diz o que se pensa, tem de se pensar o que se diz de forma politicamente correcta.
E falta ainda esclarecer que os idiotas e imbecis passam a designar-se por "indivíduos com atitude não vinculativa". Os mentirosos passam a ser "pessoas com muita imaginação"
Os que fazem desfalques nas empresas e são descobertos são "pessoas com grande visão empresarial mas que estão rodeados de invejosos". Para autarcas e políticos, não afirmarem que «eu tenho impunidade judicial», passaram a afirmar "estar de consciência tranquila". O conceito de corrupção organizada foi substituído pela palavra "sistema".

Fonte: Anónimo Internet

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Estações de comboio do Mundo

Portugal

Inglaterra

Coreia do Sul

Japão

França

Dubai

Índia

Paquistão

sábado, 19 de dezembro de 2009

Cimeira de Copenhaga: Acordo climático não vinculativo marca o fim.


O Acordo de Copenhaga, segundo as organizações ambientalistas, é uma falsa partida, um fracasso histórico. Não só ignora a Ciência, como se guia pelos interesses nacionais de alguns países.
É, ainda, um documento sem ambição, acaba com a liderança da UE e é um desastre para os sonhos europeus.


Fonte: Expresso

domingo, 13 de dezembro de 2009

Cimeira de Copenhaga / Dinamarca


Manifestantes reúnem-se contra efeitos das alterações climáticas

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Portugal Eleito para Membro da CSTD da ONU

Numa época em que alguns responsáveis políticos acham que, só porque não se leva em conta todas as suas leviandades, somos motivo de chacota internacional, notícias como esta são sinónimo de que neste país existem, muitos e valorosos indivíduos e instituições.
“Portugal foi eleito, em Nova Iorque, com mandato até ao final de 2012, para a Comissão sobre Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (CSTD – Commission on Science and Technology for Development) da ONU. A eleição decorreu na reunião do Conselho Económico e Social (ECOSOC – Economic and Social Committee) da ONU realizada a 18 de Maio de 2009, na sede da ONU em Nova Iorque, passando Portugal a integrar o grupo de 10 países ocidentais daquela Comissão, que presentemente inclui também a Alemanha, Áustria, Bélgica, Estados Unidos da América, Finlândia, França, Israel, Suíça e Turquia.”

Saiba mais aqui.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Massacres em escolas no ocidente

“O fenómeno de atiradores que disparam aleatoriamente foi estudado pela primeira vez por pesquisadores do sudeste asiático, que voltaram a atenção pela primeira vez para jovens do sexo masculino, cujo comportamento psíquico causava estranheza e era caracterizado por imprevisibilidade, agressão gratuita e absoluta predisposição à violência. Característico deste tipo de comportamento é o facto de o atirador ferir e até matar várias pessoas, em princípio sem motivo aparente.
A violência é cometida de súbito, embora o acto em si costume ser anunciado com grande antecedência. Em muitos casos, os atiradores preparam-se longamente, encenam com minúcia o acto de violência e aceitam pagar com o preço da própria morte. Entre os factores que desencadeiam tal fenómeno estão: exclusão social e rejeição, desemprego ou transferência forçada.
Muitos desses atiradores sentem-se ressentidos, humilhados ou rechaçados. As agressões vão se acumulando gradualmente durante um longo espaço de tempo. Antes de cometerem o acto de violência, os atiradores costumam desenvolver fantasias permeadas por violência, sem estarem em condições de elaborar ressentimentos ou resolver conflitos. Aparentemente, parecem jovens ajustados, cujo comportamento não levanta suspeitas. Com o acto de violência querem chamar a atenção para si mesmos, afirmam psicólogos que estudam o fenómeno.
Isso tudo não explica, porém, que o número de casos de atiradores tenha aumentado sensivelmente nas escolas dos países ocidentais. Disparar uma arma de fogo mesmo na escola tornou-se uma forma específica de violência injustificada. Os atiradores costumam escolher as suas vítimas a dedo, e praticamente executam-nas. Por vezes existem "listas da morte".
Especialistas alertam para o facto de que os relatos nos mídia a respeito dos school shootings (tiroteios em escolas) atraírem a atenção internacional, fazendo com que surja uma espécie de efeito de imitação do facto.
Hoje, psicólogos defendem a criação de instituições de "vigilância da internet" dentro da polícia e no âmbito de equipas de crise nas escolas. Essas equipas, segundo os especialistas, deveriam registar comportamentos estranhos entre os alunos, como, por exemplo, se disponibilizam na internet vídeos de incitação à violência ou se posam armados para fotografias.
Há vozes críticas que alertam para o perigo de que se comece a estigmatizar qualquer comportamento incomum de jovens, simples desvios que não devem ser automaticamente interpretados como o anúncio de um ato de violência”.

Segundo Jens Hoffmann, os mídia de massa tem co-responsabilidade em casos como Columbine, Erfurt e Virginia. Leia aqui a entrevista do psicólogo da Universidade de Darmstadt e saiba no que consiste o seu programa de esclarecimento e prevenção.

Baseado no artigo de Claudia Hennen e Olja Melnik, Massacres são cada vez mais frequentes em escolas no mundo ocidental in DW-WORLD.DE

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Planeta Terra e os seus anéis de tecnologia espacial


Foto: Agencia Espacial Europeia

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Taxas de natalidade da UE

Um estudo de análise demográfica do Instituto Max Planck de Rostock, e publicado recentemente na revista alemã “Pesquisa Demográfica em Primeira Mão”, conclui que todos os países europeus apresentam uma taxa de natalidade média de cerca de 1,5 filhos por mulher.
Nenhum dos Estados europeus atingiu o "índice sintético de fecundidade" (número médio de filhos por mulher em idade fértil) de 2,1, valor recomendado para a renovação das gerações.
Os países que mais se aproximam da média do “índice sintético de fecundidade”, são França, Reino Unido, Irlanda e Escandinávia, com médias entre 1,8 e 2,0. As taxas de fecundidade dos demais países europeus, variam entre 1,3 e 1,5 filho.
Os estudos, as carreiras profissionais e a crescente inserção feminina no mercado de trabalho são apontados como os principais factores da baixa taxa de fecundidade na UE.
A imigração continuará a ser, um importante factor para contrabalançar parcialmente as baixas taxas de fecundidade da UE, no entanto, medidas de política familiar como: unidades de cuidado infantil, horários de trabalho flexíveis, equiparação entre os géneros, podem influenciar positivamente as taxas de fecundidade, já que tendem a facilitar a compatibilidade entre família e profissão.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Ahtisaari: O Prémio Nobel da Paz 2008

“A situação no Médio Oriente põe em dúvida a credibilidade da comunidade internacional, quem rejeitou por considerar simplista o argumento de que tudo obedece a tensões entre religiões”, já que estas, segundo Ahtisaari, são "amantes da paz" e podem ser uma "força construtiva" no processo de negociações. "Não podemos seguir ano após ano simplesmente fingindo que fazemos algo para melhorar a situação no Médio Oriente. Também é preciso conseguir resultados […] Todas as crises, incluindo a do Médio Oriente podem ser resolvidas. A solução requer uma contribuição das partes envolvidas e da comunidade internacional em conjunto".
Foram estas as palavras que, o ex-presidente da Finlândia, Martti Ahtisaari dirigiu ao mundo logo após receber o prêmio Nobel da Paz 2008.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza (1)


A 17 de Outubro de 1987, o apelo do Padre Joseph Wresinski, reuniu cerca de cem mil pessoas no Adro das Liberdades e dos Direitos Humanos no Trocadéro em Paris, as quais prestaram homenagem às vítimas da fome, da violência e da ignorância.
A partir daí, o 17 de Outubro, tornou-se para os mais pobres e para todos aqueles que, a seu lado, recusam a miséria e a exclusão, a data de reunião, no mundo inteiro, de testemunho da sua solidariedade e compromisso, para que os Direitos Fundamentais sejam restituídos aos mais pobres.
Apesar da pobreza mais severa se encontrar nos países subdesenvolvidos esta existe em todas as regiões. Nos países desenvolvidos manifesta-se na existência de sem-abrigo e de subúrbios pobres.
(Parcialmente retirado de Wikipédia, a enciclopédia livre).