Com o inicio do novo ano escolar voltámos a ver, principalmente na televisão, anúncios sobre as “Novas Oportunidades”.
Independentemente dos defeitos e/ou virtudes que lhe possam ser dirigidas, as “Novas Oportunidades”, são para os muitos que as frequentam, não apenas uma oportunidade de melhorarem os níveis de escolaridade mas, acima de tudo a oportunidade de novas vivências e a concretização de sonhos adiados, devido aos percursos de vida de cada um.
Há cerca de um ano, tive o privilégio de fazer uma reportagem jornalística sobre um RVCC. Deixo-vos na integra o artigo publicado e que melhor pode elucidar sobre, por um lado, a experiência dignificante que constatei in loco e, por outro lado, a mistura de sentimentos de que comungavam todos os envolvidos no processo.
O “Adeus”, de Eugénio de Andrade, declamado pelo professor Fernando Vilela, e algumas lágrimas que teimaram em cair dos olhos, desde há muito humedecidos, da maioria dos presentes, marcaram o encerramento do RVCC6, Validação de Competências com a atribuição do 9.º Ano, na Escola Secundária de Santo André (ESSA), no Barreiro.
Parafraseando o poeta, o Fernando, a Vitória, o Francisco, a Ana Paula, o Victor, a Maria do Carmo, o Monteiro e todos os outros acreditaram, porque, tal como o poeta, também eles comungaram do mesmo sentimento: “[…] Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes./ E eu acreditava./ Acreditava./ porque ao teu lado/ todas as coisas eram possíveis”.
No ar respirava-se não um adeus, mas um até já, na medida em que outros RVCC’s se seguirão. É essa a intenção patenteada pelos formandos, homens e mulheres das mais variadas idades e actividades profissionais, presentes.
Dinâmicos, inteligentes, ambiciosos, estudiosos e adaptáveis, foram alguns dos adjectivos utilizados pelos formadores, para caracterizar os dezoito alunos que viram reconhecidas e certificadas as suas competências pelo Centro de Novas Oportunidades da ESSA.
Numa época em que o executivo de José Sócrates apela, até à exaustão, ao choque tecnológico, poder-se-á apelidar de “choque tecnológico humano” toda a interacção patenteada entre os formandos, formadores e direcção da escola, nesta nova aventura do quotidiano que são os RVCC’s.
Num universo que incluía candidatos vindos de variadas áreas profissionais, com praticamente todos empregados, o RVCC foi a nova oportunidade a que não se fizeram rogados. A satisfação interior, a valorização e investimento pessoal, a concretização de um sonho ou, ainda, voltar a sonhar com a possibilidade do futuro continuar a estar na mão de cada um, foram algumas das justificações confidenciadas para este regresso aos bancos da escola.
Conceitos até então desconhecidos, como a matemática para a vida e a sua utilidade no dia a dia profissional, a linguagem e comunicação e como fazer o devido uso delas, o sentido de cidadania e com ela a noção não só dos direitos, mas também dos deveres, o TIC e o uso da informática ou a Internet, entre as demais disciplinas, foi o que os fez reviver tempos há muito esquecidos.
Para muitos, o RVCC funcionou igualmente como uma espécie de terapia de grupo, onde cada um expôs, como jamais o tinha feito, o seu percurso de vida com todas as alegrias, vicissitudes, complexidades ou dramas individuais.
Independentemente dos defeitos e/ou virtudes que lhe possam ser dirigidas, as “Novas Oportunidades”, são para os muitos que as frequentam, não apenas uma oportunidade de melhorarem os níveis de escolaridade mas, acima de tudo a oportunidade de novas vivências e a concretização de sonhos adiados, devido aos percursos de vida de cada um.
Há cerca de um ano, tive o privilégio de fazer uma reportagem jornalística sobre um RVCC. Deixo-vos na integra o artigo publicado e que melhor pode elucidar sobre, por um lado, a experiência dignificante que constatei in loco e, por outro lado, a mistura de sentimentos de que comungavam todos os envolvidos no processo.
O “Adeus”, de Eugénio de Andrade, declamado pelo professor Fernando Vilela, e algumas lágrimas que teimaram em cair dos olhos, desde há muito humedecidos, da maioria dos presentes, marcaram o encerramento do RVCC6, Validação de Competências com a atribuição do 9.º Ano, na Escola Secundária de Santo André (ESSA), no Barreiro.
Parafraseando o poeta, o Fernando, a Vitória, o Francisco, a Ana Paula, o Victor, a Maria do Carmo, o Monteiro e todos os outros acreditaram, porque, tal como o poeta, também eles comungaram do mesmo sentimento: “[…] Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes./ E eu acreditava./ Acreditava./ porque ao teu lado/ todas as coisas eram possíveis”.
No ar respirava-se não um adeus, mas um até já, na medida em que outros RVCC’s se seguirão. É essa a intenção patenteada pelos formandos, homens e mulheres das mais variadas idades e actividades profissionais, presentes.
Dinâmicos, inteligentes, ambiciosos, estudiosos e adaptáveis, foram alguns dos adjectivos utilizados pelos formadores, para caracterizar os dezoito alunos que viram reconhecidas e certificadas as suas competências pelo Centro de Novas Oportunidades da ESSA.
Numa época em que o executivo de José Sócrates apela, até à exaustão, ao choque tecnológico, poder-se-á apelidar de “choque tecnológico humano” toda a interacção patenteada entre os formandos, formadores e direcção da escola, nesta nova aventura do quotidiano que são os RVCC’s.
Num universo que incluía candidatos vindos de variadas áreas profissionais, com praticamente todos empregados, o RVCC foi a nova oportunidade a que não se fizeram rogados. A satisfação interior, a valorização e investimento pessoal, a concretização de um sonho ou, ainda, voltar a sonhar com a possibilidade do futuro continuar a estar na mão de cada um, foram algumas das justificações confidenciadas para este regresso aos bancos da escola.
Conceitos até então desconhecidos, como a matemática para a vida e a sua utilidade no dia a dia profissional, a linguagem e comunicação e como fazer o devido uso delas, o sentido de cidadania e com ela a noção não só dos direitos, mas também dos deveres, o TIC e o uso da informática ou a Internet, entre as demais disciplinas, foi o que os fez reviver tempos há muito esquecidos.
Para muitos, o RVCC funcionou igualmente como uma espécie de terapia de grupo, onde cada um expôs, como jamais o tinha feito, o seu percurso de vida com todas as alegrias, vicissitudes, complexidades ou dramas individuais.
1 comentário:
Parabéns pelo sentimento e paixão demonstrado no artigo jornalistico que originou este post.
Sou um formando que acabou o 12º ano através do RVCC e até senti um arrepio ao ler o seu artigo Dr. Paulo Gonçalves, foi como ter voltado atrás uma no, altura em que fiz o meu, e onde naquela altura senti e vivi tudo o que expôs. Uma vez mais parabens e bem acha.
José Armando
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