quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Made in...

O ZÉ, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egypt),  começou o  dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã.
Depois de um banho com sabonete (Made in France ) e enquanto o  café  (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in  Chech   Republic ), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in  China ).
Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca  (Made in Singapore)   e  um relógio de bolso (Made in Switzerland).
Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA )  na sua torradeira (Made in Germany ) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain ),  pegou na máquina de calcular (Made in  Korea ) para ver quanto é que poderia  gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in  Thailand ) para ver as previsões meteorológicas.
Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India ),  ainda bebeu um sumo  de laranja (produced in Israel ), entrou no carro Saab (Made in Sweden )  e  continuou à procura de emprego.
Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do  seu telemóvel (Made in Finland ) e, após comer uma pizza (Made in  Italy ), o  Zé decidiu relaxar por uns instantes.

Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made  in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV  (Made in Indonesia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar  um emprego em PORTUGAL...

3 comentários:

Splanchnizomai abraçando o amanhã. disse...

Bravo! Levanto e aplaudo.
Você deixa eu controlcevear para fazer uma postagem? Gostei muito!

Um abraço,
Rosângela

( Ah, quanto a dizer que não é para contar com você para reformar o mundo, digo: Conta comigo, ok?)

shirap ( palavra verificada)

O quê? "Pare, senhora>"? hum..
já parei.
tchau!

Anónimo disse...

Estatísticas relacionadas as questões sociais deixam claro, quando não apontam, a inviabilidade da coexistência da Globalização ao Neoliberalismo, principalmente em países em desenvolvimento.

O crescente desequilíbrio social, a ampliação do Exercito de Reserva e a exclusão de uma grande parcela da população no mundo do consumo, acarretou um profundo descontentamento com governos Neoliberais, como foi o governo FHC, aqui no Brasil. Esse fenômeno contribuiu de forma significativa para o êxito dos Partidos dos Trabalhadores (PT) e muitos outros pelo mundo, como a vitória de Morales e de Chaves na América Latina, sem mencionar o avanço do partido socialista na Europa. A questão central não seria a busca do povo por um Estado menos liberal e mais atuante na área social?

Embora, aqui no Brasil, o povo desconheça a doutrina keynesiana, parece-me que é rumo a ela que o povo está fitando seus olhos, mesmo que turvamente.

As políticas liberalizantes das décadas de 80 e 90 contribuíram para a nossa vulnerabilidade econômica, mediante as crises internacionais. Torna-se necessário e vital a economia brasileira se estabelecer de forma sólida e apresentar um crescimento contínuo, porém, o caminho traçado até aqui tem sido rumo a dependência de investimentos especulativos que fogem do país a partir da mínima possibilidade de crise. Quando isso ocorre são as classes desfavorecidas que mais sofrem: o governo amplia a taxa de juros para incentivar investimentos externo e o peso dos preços dos produtos caem sobre o mercado interno.

Queremos uma economia independente, com menor vulnerabilidade! Temos muito o que aprender com a China. Lá sim preza-se pelo fortalecimento do mercado interno e isso é sinônimo de ampliação do poder de compra da população. Eles têm um Estado forte, nós um Estado refém das políticas Neoliberais, pouco atuante, que limita-se por muitas vezes a tomar medidas que apenas ampliam nossos problemas, quando muito “empurra com a barriga”.

A (re)eleição de Lula parece ter ocorrido devido a uma busca de um novo posicionamento político, pelo menos, pelo que tudo indica, era a intenção do povo.

Fonte: http://cafecomsociologia.blogspot.com/2009/08/por-um-estado-forte-e-soberano.html

Anónimo disse...

http://cafecomsociologia.blogspot.com/2009/08/por-um-estado-forte-e-soberano.html

Fonte: http://cafecomsociologia.blogspot.com/2009/08/por-um-estado-forte-e-soberano.html