Eis que, passadas menos de 24 horas, sobre esta verdadeira demonstração de cidadania e solidariedade, e no dia Mundial Contra a Sida, nos confrontamos com o resultado de um outro estudo que nos deve fazer a todos, simples cidadãos, responsáveis políticos e responsáveis de campanhas, reflectir.
Ou seja, volvidos 25 anos sobre o surgimento do HIV/SIDA em Portugal, constata-se a, ainda enorme, existência de falta de informação sobre a doença, e tais resultados não são passíveis de um país que se quer moderno e desenvolvido.
O estudo «A opinião Pública Portuguesa e a Sida - Ultrapassar a Era do Medo», realizado pelo Instituto de Ciências da Saúde (ICS) da Universidade Católica Portuguesa, revela que ainda há um desconhecimento da população face aos comportamentos de risco. Cerca de 77% dos portugueses associa o risco do HIV/ Sida às relações sexuais não protegidas, mas apenas 14% considera que a multiplicidade de parceiros aumenta os riscos de contágio.
Mas, talvez a mais cruel realidade deste estudo seja o facto de cerca de 80% dos inquiridos associar a doença ao medo e este sentimento ser capaz de impedir as pessoas de irem ao médico só para não se confrontarem com eventuais resultados. Isto é, quatro em cada cinco portugueses admitem que o medo do diagnóstico os impede de realizarem os testes para a detecção da doença.
Infelizmente e como sublinha Castro Caldas, director do Instituto de Ciências da Saúde, «é muito próprio da nossa cultura. As pessoas querem ter boas notícias, querem que só aconteça aos outros».
Ou seja, volvidos 25 anos sobre o surgimento do HIV/SIDA em Portugal, constata-se a, ainda enorme, existência de falta de informação sobre a doença, e tais resultados não são passíveis de um país que se quer moderno e desenvolvido.
O estudo «A opinião Pública Portuguesa e a Sida - Ultrapassar a Era do Medo», realizado pelo Instituto de Ciências da Saúde (ICS) da Universidade Católica Portuguesa, revela que ainda há um desconhecimento da população face aos comportamentos de risco. Cerca de 77% dos portugueses associa o risco do HIV/ Sida às relações sexuais não protegidas, mas apenas 14% considera que a multiplicidade de parceiros aumenta os riscos de contágio.
Mas, talvez a mais cruel realidade deste estudo seja o facto de cerca de 80% dos inquiridos associar a doença ao medo e este sentimento ser capaz de impedir as pessoas de irem ao médico só para não se confrontarem com eventuais resultados. Isto é, quatro em cada cinco portugueses admitem que o medo do diagnóstico os impede de realizarem os testes para a detecção da doença.
Infelizmente e como sublinha Castro Caldas, director do Instituto de Ciências da Saúde, «é muito próprio da nossa cultura. As pessoas querem ter boas notícias, querem que só aconteça aos outros».
3 comentários:
É realmente impressionante a percentagem de pessoas que têm medo de fazer o teste do HIV. Seremos assim tão inconscientes? Custa-me a acreditar que as pessoas que saiêm para a rua na luta dos seus direitos, sejam as mesmas que têm este tipo de comportamento. Inacreditável.
Parabens pelo blog, está excelente.
Rosalia Ferreira
Triste país este com um povo tão inconstante e por vezes até futil. Somos um povo capaz do 8 e do 80, como voces muito bem descrevem nestes três posts. Mas é assim que somos, seja uma questão de cultura, de costumes ou de hábitus. Continuem a brindar-nos com as vossas abordagens sérias e explicativas deste mundo meio louco em que vivemos. Abraço sincero.
Francisco Rosa
Muito bom post. Pior do que a ignorância do povo é a ignorância e o silêncio da comunicação social perante um resultado como o exposto. Somos diáriamente bombardeados com noticias, na sua generalidade, pouco ou nada relevantes para a melhoria civica da população e sobre o que realmente deveria ser falado e analisado, nem uma palavra. Não são noticias com esta que dão audiências.
Abraço, Rodrigo Silveira
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