Nós, os sociólogos, às vezes somos considerados uns grandes “chatos”. Porquê? Porque, em linguagem simplificada: não acreditamos em opiniões; não levamos muito a sério, os noticiários e o que eles nos querem fazer crer; não acreditamos em quase nada que seja do senso comum. Ou seja, porque acreditamos em factos sociais, devidamente comprovados por dados e, no que eles nos “dizem”, principalmente se poderem ser comparados com outros factos sociais.
Vem isto a propósito da actual situação de crise e dos inúmeros “estudos” e "artigos de opinião", feitos e publicados em Portugal, nestes últimos meses.
Eis alguns exemplos: as famílias portuguesas vão moderar as suas compras este ano, estimando-se uma quebra de 4,8 por cento face aos gastos efectuados no ano transacto; os portugueses andam muito poupados e não embarcam na corrida às compras de Natal; a actual situação de crise, marcada por uma forte incerteza quanto ao futuro, está a deixar os portugueses mais prudentes nas suas decisões de consumo; crise e incerteza afectam Natal dos portugueses; compra-se menos, compra-se mais barato e começa-se a comprar mais tarde. Vários estudos o comprovam bem como a voz dos comerciantes, a viverem dias de expectativa; as pessoas passeiam-se mas não efectuam compras; etc., etc.
Dois dias volvidos, sobre o Natal, os dados vem desmistificar e por em causa tudo o que foi dito e escrito ao longo dos últimos meses e, dar-nos a realidade dos factos.
Segundo dados actualizados esta sexta-feira (ontem), pela Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS): «O total dos levantamentos e das compras pagas com multibanco superou os 4,2 mil milhões de euros (mais 1 por cento do que em igual período de 2007), entre os dias 1 e 25 de Dezembro (até às 20h00). Este montante equivale a cada português ter gasto 428 euros, ou seja, um salário mínimo. O número de vezes que o cartão foi usado (em levantamentos e compras) foi na ordem dos 79 milhões, mais 4% do que ano passado, o que vem confirmar que os portugueses fizeram neste Natal muito mais compras».
Vem isto a propósito da actual situação de crise e dos inúmeros “estudos” e "artigos de opinião", feitos e publicados em Portugal, nestes últimos meses.
Eis alguns exemplos: as famílias portuguesas vão moderar as suas compras este ano, estimando-se uma quebra de 4,8 por cento face aos gastos efectuados no ano transacto; os portugueses andam muito poupados e não embarcam na corrida às compras de Natal; a actual situação de crise, marcada por uma forte incerteza quanto ao futuro, está a deixar os portugueses mais prudentes nas suas decisões de consumo; crise e incerteza afectam Natal dos portugueses; compra-se menos, compra-se mais barato e começa-se a comprar mais tarde. Vários estudos o comprovam bem como a voz dos comerciantes, a viverem dias de expectativa; as pessoas passeiam-se mas não efectuam compras; etc., etc.
Dois dias volvidos, sobre o Natal, os dados vem desmistificar e por em causa tudo o que foi dito e escrito ao longo dos últimos meses e, dar-nos a realidade dos factos.
Segundo dados actualizados esta sexta-feira (ontem), pela Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS): «O total dos levantamentos e das compras pagas com multibanco superou os 4,2 mil milhões de euros (mais 1 por cento do que em igual período de 2007), entre os dias 1 e 25 de Dezembro (até às 20h00). Este montante equivale a cada português ter gasto 428 euros, ou seja, um salário mínimo. O número de vezes que o cartão foi usado (em levantamentos e compras) foi na ordem dos 79 milhões, mais 4% do que ano passado, o que vem confirmar que os portugueses fizeram neste Natal muito mais compras».
Convém contudo sublinhar que, segundo a SIBS, estes dados, ainda, não incluem os gastos efectuados com cartões de crédito. Pois... Pois...
Qual é então o facto?
Apesar de toda a ladainha e o rol de lamurias, os gastos de natal não foram afectados pela crise financeira actual. O consumismo prevaleceu ou então, os publicitários estão de parabéns.
E, depois nós é que somos uns “chatos”.
E, depois nós é que somos uns “chatos”.
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