Veja aqui o video: Pálido Ponto Azul
Somos diariamente bombardeados pela crise financeira e económica. É crise para cá, é crise para lá… enfim parece que não há vida para além da crise. Parece até, que é a actual crise que põe em causa o futuro da humanidade e não o processo de modernização que vivemos.
A crise é-nos vendida como sendo mundial. No entanto, as notícias mostram-nos sempre os mesmos protagonistas a tentarem arranjar soluções para a dita. Ou seja, os líderes mundiais dos grandes “blocos económicos e de determinada doutrina económica”.
Senão vejamos, os protagonistas para a resolução da crise mundial, são sempre e sem excepção, os líderes norte-americanos, os líderes da UE, os líderes do G8 e os líderes das economias emergentes (Índia, China, Brasil). Em suma, os líderes de sociedades onde imperam, embora em graus diferentes, o consumismo e o imediatismo.
Estamos a falar de cerca de 1500 milhões de pessoas (para este numero contabilizamos somente cerca de 200 milhões de chineses de classe média), ou seja, ¼ da humanidade, porque os outros ¾ vivem desde sempre em permanente “crise financeira e económica”.
Ainda, até há pouco tempo e durante a recente escalada do preço do petróleo, de nenhum líder ou opinião pública destas sociedades, se ouviu uma palavra sobre as consequências benéficas para as economias e/ou populações dos países exportadores de petróleo (países aliás, estranhamente subdesenvolvidos na sua esmagadora maioria), mas alarmantes e estarrecedores queixumes sobre eventuais alterações nos níveis de vida e no desenvolvimento das “suas sociedades”.
Também não se ouviu e, não se ouve, uma palavra, sobre as consequências sociais e ambientais, ou seja, sobre as consequências para a população mundial, para a biodiversidade e para o ambiente, caso as soluções energéticas passem unicamente pelo “Boom” da utilização dos chamados Biocombustíveis.
Ricos como por exemplo: a mais que provável destruição maciça das florestas para a criação de novas áreas agrícolas; o risco de erradicação de espécies; o possível aparecimento de novos parasitas; o esgotamento das capacidades dos solos; o impacto dos adubos e dos pesticidas utilizados, nos lençóis de água subterrânea (1/3 da água doce existente no planeta); a subida nos preços dos alimentos, ocasionada pelo aumento da demanda de matéria-prima para a produção de Biocombustíveis (e as consequências alimentares nos países pobres); etc., não são focados, o que importa é a manutenção do consumismo e do imediatismo.
Vivemos numa era em que se algumas populações sentem directamente os problemas ambientais e os riscos da modernidade, outras, a maioria, são alheias, pois o seu quotidiano não as leva a ter a percepção dos problemas e riscos ambientais existentes ou futuros, uma parte pela natureza desses problemas, e outra parte pela abstracção dos mesmos.
O desenvolvimento traduz-se num conjunto de perigos com que a humanidade nunca se confrontou antes, isto é, por um lado, detêm particularidades específicas e únicas, por outro lado, ninguém consegue escapar ao risco presente nas sociedades modernas.
Ou seja, os próprios causadores dos malefícios não podem ou conseguem escapar às consequências provocadas pelos seus actos, pois o actual processo de modernização, não deixa de provocar um efeito boomerang, originado pela dificuldade que as sociedades têm de controlar a pressão a que se auto-impõem.
Algumas sociedades ao se organizarem, exclusivamente, numa lógica da distribuição da riqueza, como actualmente acontece, esquecem a lógica da distribuição dos riscos.
Talvez seja chegada a hora, com a actual crise financeira e económica, de os principais líderes mundiais fazerem um melhor uso dos pacotes financeiros que diariamente criam para a manutenção do consumismo e do imediatismo.
Ou seja, partindo dos elevados níveis de segurança que podem ser proporcionados por uma globalização séria, é chegada a hora de transformar a actual modernidade (radicalizada, sujeita por um lado à degradação ou a um desastre ecológico global, e por outro, a ameaças permanentes, como sejam, guerras de pequena escala, mas localizadas ou, ainda, um possível colapso da economia global), e arranjar soluções para os problemas e consequentemente a redução de riscos, fomentando uma alteração dos estilos de vida, onde a sociedade se organizaria e realizar-se-ia em torno de objectivos, que não sejam apenas, o da produção de riqueza, mas também o da sustentabilidade da humanidade e do planeta.
A crise é-nos vendida como sendo mundial. No entanto, as notícias mostram-nos sempre os mesmos protagonistas a tentarem arranjar soluções para a dita. Ou seja, os líderes mundiais dos grandes “blocos económicos e de determinada doutrina económica”.
Senão vejamos, os protagonistas para a resolução da crise mundial, são sempre e sem excepção, os líderes norte-americanos, os líderes da UE, os líderes do G8 e os líderes das economias emergentes (Índia, China, Brasil). Em suma, os líderes de sociedades onde imperam, embora em graus diferentes, o consumismo e o imediatismo.
Estamos a falar de cerca de 1500 milhões de pessoas (para este numero contabilizamos somente cerca de 200 milhões de chineses de classe média), ou seja, ¼ da humanidade, porque os outros ¾ vivem desde sempre em permanente “crise financeira e económica”.
Ainda, até há pouco tempo e durante a recente escalada do preço do petróleo, de nenhum líder ou opinião pública destas sociedades, se ouviu uma palavra sobre as consequências benéficas para as economias e/ou populações dos países exportadores de petróleo (países aliás, estranhamente subdesenvolvidos na sua esmagadora maioria), mas alarmantes e estarrecedores queixumes sobre eventuais alterações nos níveis de vida e no desenvolvimento das “suas sociedades”.
Também não se ouviu e, não se ouve, uma palavra, sobre as consequências sociais e ambientais, ou seja, sobre as consequências para a população mundial, para a biodiversidade e para o ambiente, caso as soluções energéticas passem unicamente pelo “Boom” da utilização dos chamados Biocombustíveis.
Ricos como por exemplo: a mais que provável destruição maciça das florestas para a criação de novas áreas agrícolas; o risco de erradicação de espécies; o possível aparecimento de novos parasitas; o esgotamento das capacidades dos solos; o impacto dos adubos e dos pesticidas utilizados, nos lençóis de água subterrânea (1/3 da água doce existente no planeta); a subida nos preços dos alimentos, ocasionada pelo aumento da demanda de matéria-prima para a produção de Biocombustíveis (e as consequências alimentares nos países pobres); etc., não são focados, o que importa é a manutenção do consumismo e do imediatismo.
Vivemos numa era em que se algumas populações sentem directamente os problemas ambientais e os riscos da modernidade, outras, a maioria, são alheias, pois o seu quotidiano não as leva a ter a percepção dos problemas e riscos ambientais existentes ou futuros, uma parte pela natureza desses problemas, e outra parte pela abstracção dos mesmos.
O desenvolvimento traduz-se num conjunto de perigos com que a humanidade nunca se confrontou antes, isto é, por um lado, detêm particularidades específicas e únicas, por outro lado, ninguém consegue escapar ao risco presente nas sociedades modernas.
Ou seja, os próprios causadores dos malefícios não podem ou conseguem escapar às consequências provocadas pelos seus actos, pois o actual processo de modernização, não deixa de provocar um efeito boomerang, originado pela dificuldade que as sociedades têm de controlar a pressão a que se auto-impõem.
Algumas sociedades ao se organizarem, exclusivamente, numa lógica da distribuição da riqueza, como actualmente acontece, esquecem a lógica da distribuição dos riscos.
Talvez seja chegada a hora, com a actual crise financeira e económica, de os principais líderes mundiais fazerem um melhor uso dos pacotes financeiros que diariamente criam para a manutenção do consumismo e do imediatismo.
Ou seja, partindo dos elevados níveis de segurança que podem ser proporcionados por uma globalização séria, é chegada a hora de transformar a actual modernidade (radicalizada, sujeita por um lado à degradação ou a um desastre ecológico global, e por outro, a ameaças permanentes, como sejam, guerras de pequena escala, mas localizadas ou, ainda, um possível colapso da economia global), e arranjar soluções para os problemas e consequentemente a redução de riscos, fomentando uma alteração dos estilos de vida, onde a sociedade se organizaria e realizar-se-ia em torno de objectivos, que não sejam apenas, o da produção de riqueza, mas também o da sustentabilidade da humanidade e do planeta.
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