Toda e qualquer organização, digna desse nome, privada ou governamental, pressupõe uma visão sistémica (hierarquia, estratégia, meios e pessoas em interacção), ou seja, um sistema com subsistemas em permanente auto-produção onde o todo é mais que a simples soma das partes.
A gestão, de uma organização, é por norma pragmática, ou seja, é preciso fazer escolhas e direccionar as opções, no entanto alguns gestores acham que adquiriram por usucapião o direito natural de serem gestores, no entanto não é na convicção que se encontra a chave mágica e, ainda menos em vertigens, acumuladas nos sótãos de alguma “intelegentsia” apaixonada confessa de lugares e detentoras de curriculum, que acomete certas cabecinhas pensadoras, associando dois fenómenos transversais: a vontade de escorraçar e a vontade de não ouvir.
Pretendendo um regresso a passados “gloriosos” e o fim de tempos negros de ocupação intelectual, alguns gestores de “gestão ao estilo wrestling entertainment” olham para a gestão como um subproduto, não se mostrando muito preocupados com o tempo e dinheiro que é desperdiçado todos os dias nas organizações devido à má gestão das emoções ligadas ao poder.
Pior que o impacto dessa metodologia de gestão é a forma como, este tipo de gestores (em alguns casos ligados à educação, teoricamente composto por pessoas inteligentes, com um certo grau de escolaridade e preparados para conduzirem pessoas), distorcem os padrões de relações no espaço em questão, optando por ameaças implícitas e comunicação agressiva, alicerçados na esperança de que, tal como diria Goebbells, repetindo a mentira até à exaustão, esta se transforme numa verdade... por exaustão.
A criatividade e o espírito de grupo estão arredados, quase sempre, pois tanto uma como outra, não surgem por imposição mas, impreterivelmente, associadas à qualidade da comunicação e do relacionamento dentro da organização. Sem tal, não existe espaço tanto para o crescimento natural como para a detecção e evitamento de erros, os quais são sistematicamente adiados.
Os maiores erros, destes gestores, são a perda não só de informação mas, igualmente, de visão e capacidade de reacção, pois passam o tempo a queixarem-se dos “meninos maus” que lhes roubam o brinquedo no recreio.
Quando se gere e não se ouve, acaba-se por cegar, não só quanto há realidade, mas também quanto ao que se julga conhecer. Ou seja, gerir é saber lidar com situações de insucesso e valorizar os, mesmo que pequenos, progressos, é um desafio com permanentes dificuldades, imprevistos e frustrações, que acabam por gerar, é certo, inseguranças e ansiedades difíceis de aceitar, mas que são importantes para o sucesso e compreensão do seu próprio impacto.
Mais cedo ou mais tarde é chegado o tempo de se deitarem os búzios e perspectivar o futuro e, quanto ao dar para o torto, com a existência de kalimeros, será sempre uma questão de tempo.
A gestão, de uma organização, é por norma pragmática, ou seja, é preciso fazer escolhas e direccionar as opções, no entanto alguns gestores acham que adquiriram por usucapião o direito natural de serem gestores, no entanto não é na convicção que se encontra a chave mágica e, ainda menos em vertigens, acumuladas nos sótãos de alguma “intelegentsia” apaixonada confessa de lugares e detentoras de curriculum, que acomete certas cabecinhas pensadoras, associando dois fenómenos transversais: a vontade de escorraçar e a vontade de não ouvir.
Pretendendo um regresso a passados “gloriosos” e o fim de tempos negros de ocupação intelectual, alguns gestores de “gestão ao estilo wrestling entertainment” olham para a gestão como um subproduto, não se mostrando muito preocupados com o tempo e dinheiro que é desperdiçado todos os dias nas organizações devido à má gestão das emoções ligadas ao poder.
Pior que o impacto dessa metodologia de gestão é a forma como, este tipo de gestores (em alguns casos ligados à educação, teoricamente composto por pessoas inteligentes, com um certo grau de escolaridade e preparados para conduzirem pessoas), distorcem os padrões de relações no espaço em questão, optando por ameaças implícitas e comunicação agressiva, alicerçados na esperança de que, tal como diria Goebbells, repetindo a mentira até à exaustão, esta se transforme numa verdade... por exaustão.
A criatividade e o espírito de grupo estão arredados, quase sempre, pois tanto uma como outra, não surgem por imposição mas, impreterivelmente, associadas à qualidade da comunicação e do relacionamento dentro da organização. Sem tal, não existe espaço tanto para o crescimento natural como para a detecção e evitamento de erros, os quais são sistematicamente adiados.
Os maiores erros, destes gestores, são a perda não só de informação mas, igualmente, de visão e capacidade de reacção, pois passam o tempo a queixarem-se dos “meninos maus” que lhes roubam o brinquedo no recreio.
Quando se gere e não se ouve, acaba-se por cegar, não só quanto há realidade, mas também quanto ao que se julga conhecer. Ou seja, gerir é saber lidar com situações de insucesso e valorizar os, mesmo que pequenos, progressos, é um desafio com permanentes dificuldades, imprevistos e frustrações, que acabam por gerar, é certo, inseguranças e ansiedades difíceis de aceitar, mas que são importantes para o sucesso e compreensão do seu próprio impacto.
Mais cedo ou mais tarde é chegado o tempo de se deitarem os búzios e perspectivar o futuro e, quanto ao dar para o torto, com a existência de kalimeros, será sempre uma questão de tempo.
Obs: quando nos referimos a gestão, referimo-nos igualmente à gestão de carreiras profissionais.
Baseado em alguns excertos do artigo “Basta ouvir...” de Rui Grilo, (2007)
4 comentários:
Muito bom post. Descreve o dia a dia do que se passa em muitas empresas, ministérios e outras instituições do nosso país.
Veja-se o que se passa actualmente com a educação, ninguém dá o exemplo, da ministra às escolas, venha o diabo e escolha.
Manuela Pinheiro
O que não faltam para aí são kalimeros, a começar em alguns dos nossos governantes e a acabar em muitos dos empresários.
Bom post.
Inês Assunção
Gostei bastante deste vosso post. Parabens. Demonstra a realidade do mosso pais, onde todos acham que têm a razão do seu lado. Devemos ser o único pais onde nada se pode resolver sem que acha vencidos e vencedores. O diálogo não faz parte do dicionário das pessoas que estão à frente ds instituições, tudo tem que ser feito na força, como se está a ver agora com os professores. Não querem, mas também não dizem o que é que e como querem. Assim não dá, se todos fizessemos o mesmo em todo lado era uma anarquia generalizada.
Conceição Martins
Pois quem não sabe gerir uma carreira profissional com bom senso dificilmente poderá ser considerado um bom profissional e querer o respeito e a admiração de terceiros.
João Santos
Enviar um comentário