sábado, 8 de novembro de 2008

Do quotidiano para reflectir: Modos de ver (1)

“Por questão de décimas [nos exames nacionais] o aluno pode ter de desistir de sonhos acumulados durante anos. […] Da parte dos professores, o fundamental é o programa a dar. […] O estudo como é visto no sistema secundário é violento. […] Confunde Q.I. com inteligência. […] A Escola ensina menos do que avalia. […]”.

Extractos de um artigo escrito por uma estudante do Ensino Secundário, da Escola Secundária de [...], in Correia, José Alberto, e Matos, Manuel, (orgs.) (2003), in Violência e Violências da e na Escola, Porto, Afrontamento.

“Mas tem que haver avaliação, se houver avaliação não potencia nada porque se a pessoa não presta só tem que ir embora, tem que haver avaliação, a pessoa tem que prestar contas do seu trabalho, é por isso que acho que deve haver uma avaliação. [...] Estou farta de dizer que não se trata de tempo, não se trata das grelhas de avaliação, trata-se de pessoas que não querem ser avaliadas pelo seu desempenho [...] O que as pessoas não querem é que eu diga o que às vezes digo aos colegas, “se te consideras um bom profissional, se fazes um bom trabalho, porque é que hás-de ter medo?” [...] Isto não pode continuar nesta homogeneização que existe há 30 anos e não se pode continuar a encobrir os maus professores, não se pode e os bons têm que ser premiados pelo seu desempenho, é por isso que eu falo da história de ser refém, porque é que havemos de andar sempre a encobrir os maus professores? Quando nós sabemos que eles o são?”

3 comentários:

Anónimo disse...

Concordo plenamente com as ideias, principalmente as da presidência da escola. A actual ministra nem sempre tem tido razão em algumas atitudes que tem tido, mas no caso da avaliação tem toda a razão. Não somos todos nós avaliados continuamente nas nossas profissões? Os maus não são dispensados? Porque é que os professores hão-de ser uma classe com regalias diferentes das outras classes trabalhadoras? Muitos deles são mais do que incompetentes e sem qualquer tipo de vocação para a digna profissão que exercem.

Mariana Azevedo

Anónimo disse...

Há coisas que não dão para perceber. Desde que me lembro, e nestes últimos 30 anos, não houve um único ministro educação que não fosse isto ou aquilo, toda a gente sempre disse mal dos ministros da educação, dos alunos aos professores. Desde que me lembro, desde há alguns anos, que se ouvem todos os políticos e sociedade em geral, dizerem que é preciso mudar as coisas. Agora apareceu quem teve a coragem de mudar, se bem, se mal ou se da melhor forma, só a história o vai dizer. Agora se cada vez que se tenta mudar se vai reclamar, então nunca se vai evoluir.
Francisca Rosa

Anónimo disse...

Há coisas que não dão para perceber. Desde que me lembro, e nestes últimos 30anos, não houve um único ministro educação que não fosse isto ou aquilo, toda a gente sempre disse mal dos ministros da educação, dos alunos aos professores. Desde que me lembro, desde há alguns anos, que se ouvem todos os políticos e sociedade em geral, dizerem que é preciso mudar as coisas. Agora apareceu quem teve a coragem de mudar, se bem, se mal ou se da melhor forma, só a história o vai dizer. Agora se cada vez que se tenta mudar se vai reclamar, então nunca se vai evoluir.
Francisca Rosa