terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Tendemos a continuar um país que não se governa...

Numa época em que a crise, por vezes empolada em demasia, nos entra pela porta dentro, o futuro passa pelo empreendedorismo. Claro que o empreendedorismo implica risco, mudança, o ser “desviante” do pensamento instituído, ou seja, sendo palavras de ordem: o desinvestimento e a recessão económica, o facto de alguém estar no mercado, como investidor (capitais próprios, criador de postos de trabalho, dinamização regional, etc.), caracteriza-o como detentor de um comportamento, que se afasta das normas, admitidas.
Tal como dizia o poeta “Eles não sabem, nem sonham… que o sonho comanda a vida… que sempre que um homem sonha… o mundo pula e avança… como bola colorida… entre as mãos de uma criança”. A nossa equipa ousou sonhar e, o seu sonho, faz hoje parte da rede de sonhos, empreendedores, de outros homens e mulheres.
De Portugal, continuamos a aguardar, excepção feita às entidades estatais e sobre as quais recaem responsabilidades sociais e políticas, das quais temos recebido os apoios solicitados.
Das entidades difusoras de ensino (instituições e/ou grupos docentes), pertenças de grupos, que vivem fechados em universos de crenças e credos, por um lado, discípulos e/ou devotos de determinada (s) doutrina (s), a cujas consciências, impõem-se princípios, tais como: utilitarismo, segurança, conforto e status, por outro lado, … o silêncio. Excepção feita à equipa de arqueólogos de Castanheiro do Vento (Prof. Vitor Jorge Oliveira e Dra. Ana Vale), que desde a primeira hora, se disponibilizou e tem reiterado a sua colaboração com o Projecto Archeological Tours – ArqueoTuris.
Das entidades particulares (fornecedores, prestadores de serviços, etc.) … idem, quanto ao silêncio.
É, no entanto, do exterior, do mesmo lugar que segundo reza a nossa história “não vêm bons ventos, nem bons casamentos” que nos surge a primeira aposta séria (além da nossa é claro) no nosso projecto. Ou seja, desde ontem (23/2), somos parte integrante do Proyecto Guia de Turismo Arqueologico da Fundació Bosch Gimpera - Universitat de Barcelona.
Portugal tende a não ter emenda. Protagonistas de uma história prodigiosa em certos aspectos, teima-mos, contudo, em provar que um tal general romano tinha razão. Se tivermos em linha de conta, as notícias do que «agrada» ou «alarma», «estarrece» ou «entusiasma», mas sempre à espera que os outros façam por nós, temos de chegar à conclusão de que somos, de facto, um povo estranho. Muito estranho mesmo...

1 comentário:

sandra valeriote disse...

Caros, parece existir um lado humano em nós que nos leva a dar um valor (desmerecido) por aquilo que devia acontecer mais não acontece.
Mas (exemplo) se entre “dez” pessoas “uma” caminhar ao nosso lado em sentido ao horizonte, acreditando, não temendo obstáculos... Já podemos nos considerar pessoas realizadas nessa vida.
Fiquei feliz desde o primeiro instante que encontrei esse trabalho de vocês aqui (vocês o sabem do carinho que lhes tenho)... Mas sabem porque tal carinho? Porque é indigesto gente pessimista, gente que paralisa, gente que se deixa levar por qualquer circunstância. Então quando encontramos otimismo, gente caminhando, pensadores por si... Como não abraçar?!
Quanto a essa crise para lá de divulgada - o que a torna assim muito apoiada (aceita) – a única certeza é que a vida é um eterno seguir.

PS: Os trabalhadores que “realmente” sofreram (estão sofrendo) com a crise são merecedores de consideração. A maioria gosta mesmo é de entrar na onda pra sofrer, encher a paciência, se descabelar... por nada - só que nesse caso acabam prejudicando uma situação ruim, global, que podia ter menos durabilidade.


PARABÉNS PELO EMPREENDEDORISMO DO TURISMO ARQUEOLÓGICO. O MUNDO PRECISA DE GENTE CAMINHANDO (...) "PRA FRENTE".