“Mais do que o despotismo ou a anarquia, o que importa combater é a apatia”, (Alex de Tocqueville, pensador político, historiador e escritor francês - 1805-1859).
Apatia provém do grego clássico apatheia. Páthos em grego, significa "tudo aquilo que afecta o corpo ou a alma" e tanto quer dizer dor, sofrimento, doença, como o estado da alma diante de circunstâncias exteriores capazes de produzir emoções agradáveis ou desagradáveis, paixões. Assim, apatheia tanto pode significar ausência de doença, de lesão orgânica, como ausência de paixão, de emoções.
Recorrendo, igualmente, ao "Dicionário de termos técnicos de medicina e saúde", encontra-se a palavra apatia como termo psiquiátrico, com a seguinte definição: «estado caracterizado pelo desinteresse geral, pela indiferença ou insensibilidade aos acontecimentos; falta de interesse ou de desejos».
Já segundo, alguns psicólogos clínicos, «Excessos de vibração e ruído acabam por produzir indiferença, cores berrantes neutralizam-se. A fé precisa ser alimentada diariamente com doses certas de acções e devoções, caso contrário não se sustenta. Todas as demasias redundam em fadiga, isso explica-se tanto através da psicologia como da dialéctica».
Somos diariamente bombardeados por previsões, que quase nos aproximam do “Apocalipse”, feitas pelos mesmos (na sua maioria, economistas, agarrados aos paradigmas de sempre) que não previram “porra nenhuma”, quanto à crise financeira em que, actualmente, vivemos atolados. Damos-lhes crédito e a “falta de fé” instala-se.
A dita “falta de fé” dos cidadãos para com, por exemplo, políticos ou instituições, prende-se com uma visão irrealista daquilo que estes agentes podem na realidade fazer sem a nossa interacção. Barack Obama enfatizou, tanto na campanha eleitoral, como na tomada de posse, que os “cidadãos norte-americanos deveriam, não só equacionar o que o país (o Estado norte-americano) poderia fazer por eles, mas também o que eles (cidadãos) poderiam fazer pelo seu país”. Parece, portanto, óbvio que o significado actual de apatia provém do conceito filosófico estoicista da palavra, em que páthos expressa um estado psíquico caracterizado por uma atitude de indiferença diante dos estímulos, ou seja, de indiferença, por parte dos cidadãos, aos estímulos para uma mais elevada participação cívica.
Vem isto a propósito, do nosso projecto empresarial (Arqueoturis) e de algumas das dificuldades com que nos debatemos para a exequibilidade do mesmo. Quais “Outsiders” (Howard Becker), somos rotulados, por alguns dos agentes económicos, como “desviantes” do pensamento actualmente instituído, ou seja, sendo palavras de ordem: o desinvestimento e a recessão económica, o facto de estarmos no mercado, como investidores (capitais próprios, criadores de postos de trabalho, dinamização regional, etc.), caracteriza-nos como detentores de um comportamento, que se afasta das normas, actualmente, admitidas.
Apatia provém do grego clássico apatheia. Páthos em grego, significa "tudo aquilo que afecta o corpo ou a alma" e tanto quer dizer dor, sofrimento, doença, como o estado da alma diante de circunstâncias exteriores capazes de produzir emoções agradáveis ou desagradáveis, paixões. Assim, apatheia tanto pode significar ausência de doença, de lesão orgânica, como ausência de paixão, de emoções.
Recorrendo, igualmente, ao "Dicionário de termos técnicos de medicina e saúde", encontra-se a palavra apatia como termo psiquiátrico, com a seguinte definição: «estado caracterizado pelo desinteresse geral, pela indiferença ou insensibilidade aos acontecimentos; falta de interesse ou de desejos».
Já segundo, alguns psicólogos clínicos, «Excessos de vibração e ruído acabam por produzir indiferença, cores berrantes neutralizam-se. A fé precisa ser alimentada diariamente com doses certas de acções e devoções, caso contrário não se sustenta. Todas as demasias redundam em fadiga, isso explica-se tanto através da psicologia como da dialéctica».
Somos diariamente bombardeados por previsões, que quase nos aproximam do “Apocalipse”, feitas pelos mesmos (na sua maioria, economistas, agarrados aos paradigmas de sempre) que não previram “porra nenhuma”, quanto à crise financeira em que, actualmente, vivemos atolados. Damos-lhes crédito e a “falta de fé” instala-se.
A dita “falta de fé” dos cidadãos para com, por exemplo, políticos ou instituições, prende-se com uma visão irrealista daquilo que estes agentes podem na realidade fazer sem a nossa interacção. Barack Obama enfatizou, tanto na campanha eleitoral, como na tomada de posse, que os “cidadãos norte-americanos deveriam, não só equacionar o que o país (o Estado norte-americano) poderia fazer por eles, mas também o que eles (cidadãos) poderiam fazer pelo seu país”. Parece, portanto, óbvio que o significado actual de apatia provém do conceito filosófico estoicista da palavra, em que páthos expressa um estado psíquico caracterizado por uma atitude de indiferença diante dos estímulos, ou seja, de indiferença, por parte dos cidadãos, aos estímulos para uma mais elevada participação cívica.
Vem isto a propósito, do nosso projecto empresarial (Arqueoturis) e de algumas das dificuldades com que nos debatemos para a exequibilidade do mesmo. Quais “Outsiders” (Howard Becker), somos rotulados, por alguns dos agentes económicos, como “desviantes” do pensamento actualmente instituído, ou seja, sendo palavras de ordem: o desinvestimento e a recessão económica, o facto de estarmos no mercado, como investidores (capitais próprios, criadores de postos de trabalho, dinamização regional, etc.), caracteriza-nos como detentores de um comportamento, que se afasta das normas, actualmente, admitidas.
Independentemente das opiniões, nós estamos a fazer a nossa parte. E, vocês?
1 comentário:
Não tinha pensado no actual estado de coisas pela vertente da apatia, mas pela do medo, que se vem instalando aos poucos, em relação à crise económica que se vive.
O post é elucidativo e realmente de a sociedade civil não interagir com as instituições oficiais, será muito mais difícil ultrapassar este momento e relançar a economia. Parabéns pela vossa iniciativa, todos pensassem assim.
Ana Costa
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