Barack Obama o vencedor do Prémio Nobel da Paz de 2009 foi para muitos uma nomeação surpreendente. No entanto, relembramos os nossos post’s:
Obama como negro na Presidência será o rosto da mudança de paradigma? (4/11/2008)
“No momento em que escrevemos este post, nos EUA os cidadãos escolhem o seu 44º presidente, (os primeiros resultados apontam para que seja Barack Obama), o mundo encontra-se suspenso na expectativa dos resultados (veja-se o caso das bolsas mundiais, praticamente sem movimentos […]. No entanto destas eleições norte americanas, caso Obama seja o eleito (será o primeiro não branco da história dos Estados Unidos), há lições a tirar, ou seja, a lição da existência de uma nova identidade intercultural.
“No momento em que escrevemos este post, nos EUA os cidadãos escolhem o seu 44º presidente, (os primeiros resultados apontam para que seja Barack Obama), o mundo encontra-se suspenso na expectativa dos resultados (veja-se o caso das bolsas mundiais, praticamente sem movimentos […]. No entanto destas eleições norte americanas, caso Obama seja o eleito (será o primeiro não branco da história dos Estados Unidos), há lições a tirar, ou seja, a lição da existência de uma nova identidade intercultural.
Nos tempos que correm o paradigma tende a ser: o do surgimento de uma civilização onde é possível pertencer a diversas culturas ao mesmo tempo, independentemente da nacionalidade de origem, etnia ou credo religioso.
Isto é, e parafraseando Contantin von Barloewen “existe cada vez mais gente que não tem uma raiz, mas sim um entrelaçamento de raízes e identidades [...] Há identidades múltiplas e o homem não será nunca mais membro de uma determinada cultura [...] Na civilização actual, temos automaticamente várias identidades. Este é o ponto: a identidade intercultural é sempre mais do que uma ou outra identidade. Ela é um terceiro factor, algo novo muito mais abrangente, porque abarca em si várias identidades e tradições culturais distintas”.
As lágrimas de Barak Obama (31/12/2008)
“Vivemos hoje no que é considerada, uma sociedade de “high-consequence risks”, característicos da modernidade reflexiva ou modernidade tardia. Não que os riscos tenham aumentado descontroladamente mas, porque se definem em moldes diferentes.
Assiste-se à emergência de novas categorias de risco, as quais se caracterizam por serem globais, isto é, são riscos que se apresentam longe do controle dos indivíduos, ao mesmo tempo que ameaçam a vida de milhões de pessoas e até da própria humanidade como um todo.
Contudo, se nos é possível ver o homem mais “poderoso do mundo” ser capaz de chorar em público, também nos é possível acreditar que os «realistic utopian models» (modelos que podem ser a solução para alguns dos problemas e, consequentemente, para a redução de riscos numa sociedade) podem vir a tornar-se realidades num futuro de curto prazo.”
“Vivemos hoje no que é considerada, uma sociedade de “high-consequence risks”, característicos da modernidade reflexiva ou modernidade tardia. Não que os riscos tenham aumentado descontroladamente mas, porque se definem em moldes diferentes.
Assiste-se à emergência de novas categorias de risco, as quais se caracterizam por serem globais, isto é, são riscos que se apresentam longe do controle dos indivíduos, ao mesmo tempo que ameaçam a vida de milhões de pessoas e até da própria humanidade como um todo.
Contudo, se nos é possível ver o homem mais “poderoso do mundo” ser capaz de chorar em público, também nos é possível acreditar que os «realistic utopian models» (modelos que podem ser a solução para alguns dos problemas e, consequentemente, para a redução de riscos numa sociedade) podem vir a tornar-se realidades num futuro de curto prazo.”
Barack Obama: The lord of the “new world” (19/01/2009)
Estamos a pouco menos de vinte e quatro horas da tomada de posse de Barack Obama, como 44º presidente dos Estados Unidos da América. A eleição de Obama foi o resultado da vaga da “Obamomania” que cobriu a América e o mundo e, na pior das hipóteses, fez-se história e nasceu um mito.
Desta eleição (Obama é o primeiro não branco da extensa lista de presidentes norte americanos), tal como já escrevemos, antes da sua vitória, há lições a tirar, ou seja, a lição da existência de uma nova identidade intercultural.
Nos tempos que correm (os da Globalização), o paradigma tende a ser, o do surgimento de uma civilização onde é possível pertencer a diversas culturas ao mesmo tempo, independentemente da nacionalidade de origem, etnia ou credo religioso. Como o próprio Obama afirmou por diversas vezes “«Na nossa casa, a Bíblia, o Alcorão e o Bhagavad Gita (texto religioso hindu), ficavam lado a lado na prateleira…».
Para nós, cientistas do social, um dos fenómenos sociais de maior importância é a Globalização. Vivemos hoje num mundo onde os indivíduos, que constituem as sociedades, têm um entrelaçamento de raízes e identidades. Ou seja, na civilização actual, temos automaticamente várias identidades, isto é, uma identidade intercultural é sempre mais do que uma ou outra identidade.
A globalização obriga-nos a viver de uma forma mais aberta e reflexiva, obrigando-nos a responder ao contexto da mudança e a ajustar-nos a ele. A globalização traduz-se no facto de vivermos cada vez mais num “único mundo”, onde os indivíduos, os grupos e as nações são mais interdependentes, em que tudo transcende as fronteiras nacionais, onde as nossas acções têm consequências para os outros e os problemas mundiais têm consequências para nós. A globalização não é apenas o desenvolvimento de redes mundiais - sistemas económicos e sociais afastados das nossas preocupações individuais. É também um fenómeno cujo impacto se revela na vida de todos nós, na maneira como pensamos acerca de nós próprios e nas nossas relações com os outros. Afecta também a vida das pessoas de todos os países, ricos ou pobres, transformando não apenas os sistemas globais, mas também, a vida quotidiana.
A globalização está a mudar a forma como o mundo se nos apresenta. A nós, interessar-nos a maneira como a nova América de Obama, que internamente aceitou a ideia da existência de uma identidade intercultural, olhará para o “novo mundo”, ele também de identidade intercultural.
Estamos a pouco menos de vinte e quatro horas da tomada de posse de Barack Obama, como 44º presidente dos Estados Unidos da América. A eleição de Obama foi o resultado da vaga da “Obamomania” que cobriu a América e o mundo e, na pior das hipóteses, fez-se história e nasceu um mito.
Desta eleição (Obama é o primeiro não branco da extensa lista de presidentes norte americanos), tal como já escrevemos, antes da sua vitória, há lições a tirar, ou seja, a lição da existência de uma nova identidade intercultural.
Nos tempos que correm (os da Globalização), o paradigma tende a ser, o do surgimento de uma civilização onde é possível pertencer a diversas culturas ao mesmo tempo, independentemente da nacionalidade de origem, etnia ou credo religioso. Como o próprio Obama afirmou por diversas vezes “«Na nossa casa, a Bíblia, o Alcorão e o Bhagavad Gita (texto religioso hindu), ficavam lado a lado na prateleira…».
Para nós, cientistas do social, um dos fenómenos sociais de maior importância é a Globalização. Vivemos hoje num mundo onde os indivíduos, que constituem as sociedades, têm um entrelaçamento de raízes e identidades. Ou seja, na civilização actual, temos automaticamente várias identidades, isto é, uma identidade intercultural é sempre mais do que uma ou outra identidade.
A globalização obriga-nos a viver de uma forma mais aberta e reflexiva, obrigando-nos a responder ao contexto da mudança e a ajustar-nos a ele. A globalização traduz-se no facto de vivermos cada vez mais num “único mundo”, onde os indivíduos, os grupos e as nações são mais interdependentes, em que tudo transcende as fronteiras nacionais, onde as nossas acções têm consequências para os outros e os problemas mundiais têm consequências para nós. A globalização não é apenas o desenvolvimento de redes mundiais - sistemas económicos e sociais afastados das nossas preocupações individuais. É também um fenómeno cujo impacto se revela na vida de todos nós, na maneira como pensamos acerca de nós próprios e nas nossas relações com os outros. Afecta também a vida das pessoas de todos os países, ricos ou pobres, transformando não apenas os sistemas globais, mas também, a vida quotidiana.
A globalização está a mudar a forma como o mundo se nos apresenta. A nós, interessar-nos a maneira como a nova América de Obama, que internamente aceitou a ideia da existência de uma identidade intercultural, olhará para o “novo mundo”, ele também de identidade intercultural.
Sem mais palavras.
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